Cerca de 15 pessoas se acorrentaram às portas do edifício da Câmara de Kaliningrado, protestando sob o slogan Nossas mortes vossa vergonha. Disseram que os seropositivos na região de Kaliningrado não recebiam o apoio que necessitavam.
Actualmente Kaliningrado atravessa uma situação catastrófica. Nos últimos anos, mais que 700 pessoas morreram da SIDA na cidade.
Os manifestantes declararam que de acordo com a lei federal e a Constituição da Federação Russa, os doentes com SIDA têm direito a um tratamento gratuito. Porém, só um pequeno número de pessoas conseguem usufruir deste direito, enquanto a maioria são deixados a seu destino.
Deram uma mensagem à Câmara: Quem se responsabiliza pela negligência que matou centenas de pessoas e quanto mais pessoas irão morrer antes que as autoridades prestem atenção às necessidades das pessoas infectadas com VIH/SIDA?
A afirmação continua: Nós, as pessoas que vivem com VIH e SIDA, suas famílias e amigos, exigimos que todas as pessoas infectadas com VIH/SIDA deveriam Ter acesso igual a cuidados médicos, sem Ter em conta seu estatuto social nem pela maneira em que adquiriram a infecção. A política de saúde discriminatória do estado contribui para uma progressão das taxas de infecção da epidemia, que inevitavelmente resultará em milhares de mortes.
Os manifestantes disseram à imprensa que o problema seria resolvido pelo registo imediato de medicamentos baratos ou com a produção de tais medicamentos em Kaliningrado. Oficiais impedem que isso acontece, afirmam, por causa de interesses económicos próprios e interesses corporativos das companhias farmacêuticas.
Daria Ocheret, coordenadora da Aliança Narcopolítica Nova , uma aliança entre vários organismos que apoiam mudanças radicais na política russa sobre o controlo das drogas, disse que: A epidemia da SIDA na Rússia começou em Kaliningrado.
É uma cidade portuária, que o tornou um dos principais pontos de infecção. Embora seja impossível curar estas pessoas, a vida delas pode ser prolongada por muitos anos. O tratamento custa cerca de 10.000 USD por ano e embora que o tratamento seja garantida pela lei federal, os hospitais se recusam a tratar os doentes.
700 pessoas morreram porque não tinham acesso aos medicamentos...estas pessoas são vítimas da burocracia do estado. Temos de parar com este genocídio do nosso próprio povo, e tratá-los, seja qual for seu grupo social.
Dmitry SUDAKOV PRAVDA.Ru
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