DUMA vai ser demitida?

A media na Rússia relata que é possível que a DUMA vai ser dissolvida e re-eleita depois da introdução do novo projecto de lei sobre a representação proporcional, embora o Presidente da DUMA, Boris Gryzlov, considera que não há necessidade a dissolver o organismo, pois está a funcionar bem e a desempenhar um papel importante.

Boris Gryzlov disse que as eleições parlamentares iriam Ter lugar na altura prevista, nomeadamente em 2007 e afirmou que a noção duma dissolução nem está a ser discutida na DUMA. Com certeza, 225 deputados que foram eleitos por mandato singular e não por representatividade proporcional, não irão apresentar sua demissão quando a nova lei entrar em vigor.

Maksim Dianov, Director do Instituto para Assuntos Regionais, disse à PRAVDA.Ru que “A DUMA não será dissolvida. A DUMA aprova todas as leis que o presidente precisa. Funciona normalmente do ponto de vista do Presidente...A DUMA está sendo obediente hoje em dia mas ninguém sabe como reagirá se for dissolvida e re-eleita. Por isso acho que acabará seu termo na altura prevista”.

O Vice-Presidente da DUMA, Vladimir Zhirinovsky também não acredita na dissolução. “Tudo acontecerá na altura certa, nada irá mudar, tudo decorrerá dentro das linhas-guia democráticas”, disse ontem numa conferência de imprensa. Outro Vice-Presidente, Oleg Morozov, disse que “Em primeiro lugar o partido do governo, Rússia Unida, tem uma boa posição na DUMA e não irá atirar tudo fora. Em segundo lugar, o resultado de qualquer eleição é essencialmente uma lotaria e não se pode garantir que a situação actual seja repetida.

Finalmente, as novas eleições à DUMA seriam muito complicadas para a Rússia Unida, se as eleições forem baseadas no sistema proporcional.

O número de deputados neste partido hoje são de mandatos singulares”, numa entrevista com o jornal Nezavisimaya Gazeta.

Este foi o primeiro jornal a publicar os rumores acerca da possibilidade duma eleição. De acordo com este jornal, as eleições iriam Ter lugar na altura da colocação da pergunta “Quem vai ser o próximo Chefe de Estado?” Irina Khakamada, candidata às eleições presidenciais, disse que “Se as eleições parlamentares tiverem lugar de acordo com uma nova lei e antes do tempo calendarizado, a maioria dos partidos não poderiam participar nelas, penso eu. Seria uma maneira de instituir um parlamento dum só partido”.

Aleksandr Shokhin, Presidente da Escola Económica, concorda com Khakamada: “Muitos partidos estão a desenvolver com muita lentidão. Não começaram um processo de unificação, nem renovaram suas administrações. A Rússia Unida teria uma vantagem clara nesta altura porque é um partido estável. O Partido Comunista, o LDPR e a Rodina também iriam concorrer numa eleição antecipada”.

Yegor BELOUS PRAVDA.Ru

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