Beslan: últimas notícias

Analistas dizem que o facto que os terroristas deixaram sair algumas pessoas é uma indicação que estão dispostos a negociar. Depois de terem recusado comida e bebidas, pode ser o primeiro passo a voltar atrás.

Presidente Vladimir Putin já declarou que deu ordens para não utilizar a força, e que toda a prioridade será dada a negociações. Estas irão ser fundamentadas nas exigências dos terroristas, que até agora parecem ser a libertação de um grupo de terroristas chechenos presos depois dum ataque em Daguestão e o retiro das tropas russas da Chechénia.

Se a primeira exigência é difícil de conceder, o segundo é um absurdo, não deixando Vladimir Putin muitas opções. Uma opção possível que já foi praticada noutra situação semelhante, seria a garantia de liberdade para o bando de terroristas se pelo menos deixem sair os reféns.

A composição do grupo não é muito clara, mas as autoridades russas sabem que inclui várias nacionalidades, incluindo pessoas da Chechénia, Daguestão, Ingushétia, Ossétia e até da Rússia. “A tarefa mais importante nesta situação é, claro, salvaguardar as vidas e a saúde dos reféns,” disse Vladimir Putin em Moscovo, acrescentando que “Nos últimos dez dias, a Rússia foi alvo duma série de ataques terroristas que mataram ou feriram dúzias de inocentes. Todas estas acções estão direccionadas contra indivíduos e contra a Rússia em geral.”

Agradeceu a comunidade internacional pelas expressões de solidariedade depois das tragédias dos dois aviões (89 mortos), da explosão no Metro em Moscovo (10 mortos e 49 feridos) e agora este sequestro.

Ruslan Aushev, antigo Presidente da Ingushétia e veterano general soviético na guerra no Afeganistão, prossegue a frente das negociações com os terroristas.

Olga SELYANINA PRAVDA.Ru

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