Os terroristas chechenos perpetraram mais um crime desta vez na Ossétia do Norte, tendo ocupado a escola N.º1 na cidade de Beslan e feito reféns as pessoas que se reuniram para assinalar o início do ano electivo. As exigências dos terroristas são: a libertação de pessoas condenadas por actos de terrorismo e a retirada das tropas russas da Chechénia.
A 24 de Agosto na Rússia foram feitos explodir os dois aviões de passageiros. As suspeitas terroristas-suicidas são de origem chechena, mas responsabilizou-se por atentados terroristas a organização extremista internacional "Brigadas Islambuli", relacionada com "Al-Qaeda". Logo após as duas tragédias em Moscovo foram perpetrados outros atentados terroristas - um perto da estação de metro "Rijskaia" e o outro numa das pistas de paragem de transporte público.
Comenta estes acontecimentos trágicos o director-geral da Fundação Nacional Anticriminal e Antiterrorista da Rússia, Oleg Netchiporenko.
- Na realidade está provado o que tínhamos falado ao mundo mais de uma vez, ou seja, que os terroristas no Cáucaso e, em particular, na República da Chechénia, mantêm as relações com o terrorismo internacional. De acordo com os dados do Estado-Maior de Operação Antiterrorista (EMOA) no Cáucaso do Norte, nas formações armadas de Aslan Maskhadov e Chamil Bassaev figuram os mercenários estrangeiros que participaram em operações militares no Afeganistão fazendo parte dos destacamentos de Usama bin Laden.
Julgando por notas, retiradas das bolsas de falecido comandante de separatistas Oibek Rakhimov (apelido "Uzbeque"), no grupo armado sob o comando do próprio Maskhadov foram presentes numa certa altura os cidadãos do Egipto, Muhammed Islambuli e Mustafa Hamza, ambos membros do círculo mais íntimo de correligionários de Aiman Zavahiri, ajudante de Usama bin Laden e um dos dirigentes da "Al-Qaeda". Entre os documentos do Uzbeque, responsável pela distribuição de dinheiro entre os separatistas, foram encontrados os recibos formalizados para o nome de Islambuli e Hamza. Este facto prova que os separatistas chechenos vêm recebendo o dinheiro de um dos "sponsors" das organizações islâmicas extremistas internacionais.
O grupo "Brigadas Islambuli" que assumiu a responsabilidade pela explosão dos dois aviões russos Tu-134 e Tu-154 e do atentado terrorista perto da estação de metro "Rijskaia", segundo tudo indica trata-se de uma organização de separatistas chechenos que mantêm as relações com a "Al-Qaeda", revelou um dos peritos de renome da luta contra o terrorismo, director do Centro Islâmico Al-Maqrizi em Londres, Ahmed As-Subaimi.
É de lembrar que o nome deste grupo foi tornado público após o atentado contra a vida do candidato ao posto de primeiro-ministro do Paquistão, Shaukat Aziz. Os terroristas escolheram para a sua organização o nome de Haled Islambuli, tenente do exército egípcio, que organizou o assassínio do Presidente Anvar Sadat a 6 de Outubro de 1981 e foi executado de acordo com a decisão do Tribunal do Egipto junto com os outros conspiradores.
Cabe assinalar que várias organizações extremistas - chechenas, balcânicas, dos países do Sudeste Asiático - escolhem para si o nome Islambuli, tendo não raro mudado de nome para enganar os serviços especiais.
Alguns peritos afirmam que o grupo "Brigadas Islambuli" é dirigido por Muhammed, irmão de Haled. É sobejamente conhecido que após a detenção e a execução dos conspiradores no Egipto foi proclamado o estado de emergência de acordo com a resolução N.º 162 em vigor até hoje, de acordo com a qual foram detidos e condenados centenas de extremistas e proibidas as organização religiosas ilegais. A experiência internacional é mais que elucidativa, pois precisamente graças a esta lei no Egipto nos últimos oito anos não houve nenhum atentado terrorista mais ou menos significativo.
Viatcheslav Lachkul observador político RIA "Novosti"
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