A diplomacia da Federação Russa foi fundamental em conseguir que este acordo fosse assinado por Tblissi e Tskhinvali, as duas partes envolvidas num cenário de beligerância nos últimos dias, quando Geórgia e Ossétia Sul fizeram reclamações cada vez mais agressivas, fazendo subir a tensão na região do Cáucaso Sul.
Moscovo fez ver aos dois lados que uma continuação daquele clima só faria aumentar a parada, levando a um possivel conflito se nada fosse feito. Por isso, o compromisso agora assinado entre as partes reduz a tensão substancialmente e dá início a um processo de discussão. O enviado do Presidente da Ossétia Sul, Dmitry Medoyev, afirmou que no acordo os dois lados irão retirar as forças armadas da área.
Os enviados da Geórgia (Georgy Khindrava) e Ossétia Sul (Boris Chochiyev), não quiseram assinar o documento. No entanto, a Rússia persuadiu-os que se não chegassem a um acordo, haveria uma escalação de tensão que poderia quebrar a paz, de acordo com as declarações de General Valery Yevnevich, Vice Comandante Chefe das Forças Terrestres da Rússia.
Tblissi e Tskhinvali têm um diferendo sobre os territórios ao longo da fronteira. Porém, Moscovo acredita que a solução é sentarem à mesa em vez de estarem a fazer declarações cada vez mais agressivas. General Vladimir Romanenko, Primeiro Vice Director do Instituto da CEI (Comunidade de Estados Independentes, ex-URSS menos os três estados bálticos) declarou hoje à imprensa que “Rússia faz tudo possivel para encontrar soluções pacíficas a todos os assuntos em discussão”. Romanenko acredita queo acordo irá retirar o clima da tensão na zona e criar a possibilidade para um processo de paz.
Tudo depende se a Geórgia de Saakashvili honra o documento que assina, ou se continua a seguir uma política agressiva na região. Konstantin Simonov, Director do Centro da Situação Política, opina que “Rússia tem de persuadir a Saakashvili que ele não tem qualquer direito de colocar em perigo as vidas dos cidadãos da Rússia”.
Konstantin KODENETS PRAVDA.Ru
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