Elena Pchelenkova, especialista no departamento de engenharia no departamento do Procurador Geral Público, declarou ontem numa entrevista com Rádio Echo que Nós encaramos uma epidemia grave, não só Moscovo mas o país inteiro. Não se restrige a sífilis, mas também VIH e hepatite B e C.
Afirmou que o sangue infectado foi administrado em 325 doentes e que muitas vezes, levantou a questão no departamento do Procurador Geral mas a prática continua e até se faz vacinas para crianças (por exemplo contra sarampo) utilizando estes lotes de sangue.
Sem qualquer exagero se pode dizer que o futuro do nosso país está em questão, continuou Elena Pchelenkova. O sangue dos dadores em Moscovo está utilizado em todos os bancos de sangue na região de Moscovo, e noutras partes do país e até por firmas farmacéuticas estrangeiras que trabalham na Rússia.
O sangue é declarado limpo após um período de três meses, só que o sífilis pode incubar durante seis meses e ainda não se sabe o período de incubação de hepatite B e C e da Virus da Imuno-Deficiência Humana no sangue, que poderá ser até 30 anos.
Só uma pessoa conseguiu provar a negligência dos serviços até agora. Foi o caso duma mulher de 47 anos que teve de remover o baço. Quando começou a fazer testes de rotina mensais, diagnosticaram-na como sendo infectada com VIH, cujo virus tinha recebido através da transfusão de sangue durante a operação.
Anna OSSIPOVA PRAVDA.Ru
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