Akhmad Kadyrov tinha considerável coragem, sendo a única figura pública chechena que residiu na República nos últimos dez anos e por isso ganhou as eleições no ano passado, porque ficou com o seu povo. Outra decisão corajosa foi nomear seu filho como ajudante com o dinheiro de Kadyrov, poderia ter enviado o filho para o estrangeiro, mas não o fez.
Tratou os seus inimigos com rigor, porque entre os chechenos, há que tentar não parecer fraco. Foi tratado na imprensa russa com respeito, no entanto não se vê a opinião que tudo está perdido, porque se a Rússia perder na Chechénia, é o primeiro passo a perder toda a Rússia.
Até 9 de Setembro, haverá uma eleição presidencial na Chechénia. O filho de Kadyrov, Ramzan, não pode candidatar-se porque não tem 35 anos (mínimo necessário) no entanto pode ficar em Grozny como comandante da unidade militar, que é uma posição importante.
Muita gente tem pedido a declaração dum estado de emergência e o retorno da imposição directa da autoridade do Presidente russo em Chechénia. Porém, o medo é mau conselheiro.
Tal situação iria cancelar o progresso conseguido nos últimos anos. Já não há chechenos a juntarem-se aos bandidos, mas ao contrário. O Presidente foi democraticamente eleito. Os chechenos querem a legitimidade do seu governo.
Há problemas a resolver, nomeadamente o roubo de fundos do estado, actos terroristas, a luta entre facções chechenos mas a situação está a melhorar e todos o sabem.
Pouco antes da sua morte, Akhmad Kadyrov afirmou: A melhor coisa que fizemos foi adoptar a Constituição e dissemos sim à Rússia.
Andrey NESTEROV PRAVDA.Ru
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter