Direita política em caos

Oleg Permyakov é o líder interino (e temporário) da SPS, depois de Irina Khakamada, antiga líder do partido, se demitir depois de ter ganho o quarto lugar nas eleições. Khakamada quer estabelecer um novo partido, o que é razoável, porque há um nicho na ala direita do palco político que precisa de ser preenchido.

As formações que querem ocupar este espaço não são capazes de analisar as necessidades da situação e anos após anos de reformas direitistas na Rússia não tiveram impacto sobre a realidade no país. Apesar de muitos anos de colectivismo e políticas de esquerda, os partidos da direita não gozam de apoio popular na Rússia.

O principal problema colocada aos partidos de direita é como funcionar no clima actual na Federação Russa. Alguns, como por exemplo aqueles que seguem a linha de Anatoly Chubais, gostam de ficar perto das autoridades, convencidos que suas políticas estão a ser postos em prática. Outros, como Khakamada, dizem que o Kremlin viola os seus direitos cívicos e políticos, que viola a liberdade de imprensa e o embrião da sociedade civil na Federação Russa.

Nenhum tem razão.

O Partido Rússia Unida tem o apoio do presidente e não precisa de companheiros não convidados e de qualquer forma, é difícil para o SPS criticar o presidente quando 75% dos seus membros apoiam as políticas do Kremlin. Criticar um presidente popular não dá resultado nenhum.

Há uma Terceira Via na política russa. Concordam com Chubais em termos de apoiar as autoridades mas rejeitam os líderes do SPS porque se comprometeram. Vender o produto velho num pacote novo parece estar a começar. Os antigos líderes da direita política, como Anatoly Chubais, não vão deixar de ter as suas ideias.

O objectivo principal é como chegar ao poder. No entanto, na Rússia de hoje, nenhum partido detém o poder, nem sequer o Partido Rússia Unida, pró-Putin – porque Presidente Putin detém o poder. Neste caso, se coloca a questão sobre se tal partido da direita é preciso na Rússia de hoje?

Aleksandr KOSTEREV PRAVDA.Ru