Portugal: Bancos nacionais despediram mais de 10 mil em seis anos

Os bancos portugueses despediram mais de 10 mil trabalhadores desde 2011, apesar dos 20 mil milhões de euros públicos que receberam. O número de balcões também caiu cerca de 20%.

Os números constam de um estudo da consultora Oliver Wyman e mostram que Portugal é dos países europeus em que houve uma maior redução de trabalhadores e agências bancárias entre 2011 e 2016 - uma redução de cerca de 20% em ambos os casos.

Só os bancos espanhóis e gregos despediram mais do que os portugueses, dos nove países analisados. Em termos do número de balcões, só as redes bancárias holandesa, britânica e grega são mais escassas do que a nacional, de acordo com o critério utilizado pelo estudo (número de balcões por mil quilómetros quadrados).

Desde 2007, de acordo com cálculos do Tribunal de Contas do ano passado, a banca privada já custou cerca de 20,3 mil milhões de euros entre as falências do BPN, do BPP, do BES e do Banif, e nos apoios públicos ao BCP e ao BPI.

É notada ainda a «expansão para mercados próximos» na Península Ibérica, de que o BPI e o Santander são os melhores exemplos. O primeiro passou a ser totalmente controlado pelo grupo espanhol La Caixa e o segundo aproveitou a falência do Banif para expandir os seus lucros através da sua filial portuguesa.

A consultora destaca ainda o processo de concentração bancária nos últimos 17 anos, em que se registaram quase 5500 fusões e aquisições no sector, apenas no continente europeu. A tendência prevista é que este número venha a abrandar por uma única razão: o processo está de tal forma avançado que os mega-bancos já dominam a finança europeia.

A excepção assinalada no estudo é Itália, onde ainda existem bastantes bancos de pequena e média dimensão.

Desde 2000, os bancos Português do Atlântico, Mello e Pinto & Sotto Mayor foram integrados no BCP, e o Totta & Açores, o Crédito Predial Português e o Banif foram integrados no Santander. Ainda durante a década de 1990, o grupo BPI adquiriu e fundiu os bancos Fonsecas & Burnay, Fomento e Exterior, e Borges & Irmão.

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