Konstantin Zatulin, Diretor do Instituto para os Estudos da CEI, declarou hoje numa conferência de imprensa que só na Bielorússia é que a população russa não tem problemas mas de modo geral, há discriminação contra a população russófona nas ex-repúblicas soviéticas.
Falando numa Conferência sob o estado da Língua Russa na época pós soviética, Zatulin declarou que o fenómeno é mais aberto e agressivo em Repúblicas como a Estónia e Letónia mas que o processo também acontece, embora mais subrepticiamente, em Cazaquistão e na Ucrânia. Na sua opinião, os elites no poder estão a empurrar o elemento russo para o lado. Turcomenistão é outro bom exemplo: a Universidade de Turcomenistão ensina uma hora se russo por semana e no ano passado, as escolas e colégios deixaram de ensinar em russo, privando os 300,000 russos étnicos residentes no país duma educação na sua lúngua-mão, a sexta mais falada no mundo.
Este processo retrógrado é o cúmulo de nacionalismos estúpidamente seguidos por cegos políticos e sedosos para poder. Empurrar a sexta mais falada língua para trás, enquanto se promove línguas faladas por poucas milhões de pessoas é privar os cidadãos duma hipótese de terem uma maior escolha duma carreira mais tarde.
A solução, segundo Zatulin, será o investimento nos recursos humanos, nomeadamente professores de russo que podem ensinar os jovens. Senão, qual será o estado da língua russa daqui a cinquenta anos?
Konstantin KODENETS PRAVDA.Ru
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