Na entrevista, o porta-voz do MNE disse que o cenário internacional está complexo e realçou que as relações entre as partes se agravaram sobre o Iraque, no entanto, a seriedade dos problemas que afectam o mundo exige que este clube (Federação Russa, Alemanha, Japão, França, EUA, Itália, Reino Unido e Canadá) se junte e não se divide.
Temos de restaurar a confiança entre os líderes e procurar maneiras de fortalecer o controlo sobre os eventos no mundo, disse o porta-voz, acrescentando que há mais pontos de semelhança entre as partes do que divergências.
Em Paris, os principais assuntos abordados serão os assuntos-chave internacionais e regionais, nomeadamente a não-proliferação de armas de destruição maciça, a luta global contra terrorismo, Iraque, o Médio Oriente, o programa nuclear na República Popular Democrática da Coreia, Afeganistão, Índia e Paquistão.
Os Ministros de Negócios Estrangeiros irão preparar os documentos a serem discutidos na Cimeira dos G8 em Evian logo a seguir, entre 1 e 3 de Junho. Relativamento ao Iraque, Aleksandr Yakovenko disse que O G8 aproveitará das reuniões para trazer a resolução da questão em torno ao Iraque de volta à ONU.
O porta-voz considera que um principal objectivo da comunidade global é a não-proliferação de armas de destruição maciça, porque o ataque contra o Iraque poderá provocar atentados terroristas a volta do planeta. O problema tem de ser resolvida de acordo com a lei internacional, considera Aleksandr Yakovenko, reiterando a linha coerente seguida pela Federação Russa desde antes do início do conflito, uma linha que não foi seguida pelos EUA, Reino Unido, Polónia, Espanha e Portugal, que decidiram quebrar, ou apoiar a quebra, do direito internacional.
A Rússia quer que o plano de paz para o Médio oriente se torne conhecimento público e que se implemente o mais rapidamente possível, com especial atenção sendo prestado ao novo Gabinete aprovado pelo Parlamento Palestiniano.
Relativamento ao Afeganistão, a Federação russa quer um esforço concertado entre os G8 a ajudar a estimular a economia do país e a combater o tráfico de droga, que começa outra vez a ser um problema grave para a Federação Russa, com dezenas de quilos de heroina a serem traficados através das fronteiras oriundos do Afeganistão.
A Federação Russa pretendo continuar a sua política de cumprir rigorosamente os pagamentos da sua dívida externa. Este ano, será pago 17.3 bilhões de USD aos credores. Dentro do G8, a Federação Russa está cada vez mais considerado um país dador, e não recipiente de fundos.
Recentemente, Rússia doou 11 milhões de USD ao Programa Alimentar Mundial, 10 milhões de USD ao Fundo Especial da Iniciativa de Dívida de Colónia e atribuiu 20 milhões de USD para a luta internacional contra SIDA, Tuberculose e Malária, enquanto continua a cancelar as dívidas dos países mais pobres.
Konstantin KODENETS PRAVDA.Ru
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