Embaixador russo no Reino Unido descartou nesta quarta-feira a participação de Moscou em uma aparente tentativa de assassinar em Londres o magnata Boris Berezovsky O Yuri Fedotov, embaixador russo no Reino Unido, descartou nesta quarta-feira a participação de Moscou em uma aparente tentativa de assassinar em Londres o magnata Boris Berezovsky, forte crítico ao presidente Vladimir Putin. Em entrevista à 'Rádio 4' da rede 'BBC', Fedotov insistiu em que "está excluída' qualquer participação do Kremlin, mas ressaltou que não se surpreenderia caso o empresário russo, exilado na capital britânica, seja alvo de um ataque. - Não tenho nada que confirme (o envolvimento russo), mas, por outro lado, não me surpreende porque Berezovsky aproveita cada uma e todas as oportunidades, e se não há uma oportunidade, a inventa, para se expor como figura pública - acrescentou o diplomata. Fedotov fez as afirmações depois que o jornal 'The Sun' revelou nesta quarta-feira que a Polícia e os serviços secretos britânicos frustraram o plano de um russo que mataria Berezovsky com um tiro na cabeça em Londres. Uma porta-voz do magnata confirmou hoje o complô, apesar de não entrar em detalhes sobre o fato. - Há três semanas, a Scotland Yard o informou sobre um plano para matá-lo. Ele foi aconselhado a deixar o país e, após uma semana, disseram que tudo estava bem, que podia voltar - acrescentou a porta-voz. Berezovsky negou nesta quarta-feira à 'BBC' que possa estar 'paranóico' e acrescentou que se sente 'seguro porque a Scotland Yard é muito profissional'. Além disso, afirmou que antes de ser informado pela Polícia sobre o plano tinha recebido a advertência de uma fonte sua em Moscou. - Alguém que eu conheço viria a Londres para se encontrar comigo e me mataria abertamente, sem se esconder, e explicaria depois que foi por razões de negócios - disse Berezovsky. O assassino seria condenado a 20 anos de prisão, dos quais cumpriria apenas 10 e depois receberia o pagamento, acrescentou. Segundo o 'Sun', o serviço de contra-espionagem britânico MI5, o de espionagem MI6 e as forças de segurança puderam salvar a vida do empresário russo pouco antes do atentado. Aparentemente, o assassino - cuja identidade não foi revelada pelo jornal - pretendia se reunir com Berezovsky em um quarto do hotel e seria acompanhado por uma criança, na tentativa de evitar qualquer suspeita. O complô foi descoberto pelos serviços de segurança nos últimos 15 dias, por isso decidiram ocupar um quarto ao lado de onde Berezovsky tinha a reunião e conseguiram impedir que o assassino disparasse, acrescentou o 'Sun'. As relações entre Reino Unido e Rússia estão tensas devido ao caso do ex-espião russo Alexander Litvinenko. Na segunda-feira passada, o Governo britânico anunciou a expulsão de quatro diplomatas russos pela recusa de Moscou em extraditar o empresário e ex-agente Andrei Lugovoi, principal suspeito do assassinato de Litvinenko. Litvinenko, ex-espião do Serviço Federal de Segurança (ex-KGB), morreu em 23 de novembro de 2006 no hospital University College de Londres por uma alta dose da substância radioativa polônio-210. Litvinenko vivia com a família em Londres e teve a nacionalidade britânica concedida pelas autoridades depois de ter se refugiado há alguns anos no Reino Unido. Em carta póstuma, Litvinenko, que vivia em Londres, assegurou que o Kremlin estava por trás do seu assassinato, pois tinha acusado os serviços secretos russos de provocar uma série de explosões em um edifício de Moscou em 1999 para ajudar Vladimir Putin a chegar à Presidência. |
Fonte JB Online
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