Lideres politicos de todo o mundo no funeral de Ieltsin

A Rússia organizou, na quarta-feira, um funeral de Estado para o seu primeiro Presidente, Boris Ieltsin, com a presença de dignitários estrangeiros, como os ex-presidentes norte-americanos Clinton e Bush, numa ultima homenagem ao homem que pós fim а URSS.

 
Ieltsin faleceu segunda-feira aos 76 anos, vítima de ataque cardíaco e foi hoje sepultado no cemitério histórico do mosteiro de Novodevitchi, situado no sudoeste de Moscovo.

O corpo do antigo chefe de Estado russo esteve em câmara ardente na alameda do cemitério e depois o seu caixão desceu а terra ao som do hino nacional russo, cuja melodia é idêntica а do hino soviético, na presença da mulher, Naґna, e das duas filhas.

A cerimónia contou com a presença do actual Presidente russo, Vladimir Putin, dos ex-presidentes norte-americanos Bill Clinton e George Bush e do último "numero um" soviético, Mikhail Gorbatchov.

Numerosos responsaveis europeus deslocaram-se а capital russa para participar nas exéquias de Ieltsin, tal como o ex-primeiro-ministro britвnico John Major, o dirigente do Solidariedade e ex- presidente polaco Lech Walesa e o Presidente alemгo, Horst Kёhler.

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Em representação do Governo Português, esteve o seu "número dois", o ministro da Administração Interna, António Costa.

Os dignitários seguiram a pé no cortejo fúnebre, depois de terem participado num ofício religioso para os "mortos grandiosos" na catedral do Cristo Salvador.

O gigantesco edifício branco encimado por uma cúpula dourada é um local simbólico para Ieltsin, que ordenou a sua reconstrução em 1992, mais de 60 anos depois de ter sido destruído, em 1931, por Estaline.

Antes da cerimónia fúnebre, Bill Clinton e o seu antecessor, Goerge Bush, saudaram calorosamente a mulher e as filhas do ex-chefe de Estado russo, cujo caixão estava rodeado de quatro guardas, parte do forte dispositivo de segurança montado em torno da catedral.

Milhares de cidadãos russos afluíram hoje ao local, para rezar junto do corpo daquele que introduziu o capitalismo na Rússia, embora com dolorosas reformas políticas e económicas.

Segundo a televisão pública russa, 35.000 pessoas deslocaram-se desde terça-feira а catedral.

«Ele mudou o rosto do poder, derrubou o muro que separava a sociedade e o Estado e serviu o seu povo com lealdade e coragem», declarou Putin no final da tarde, numa cerimónia no Kremlin.

Todas as estações televisivas nacionais transmitiram quase sem interrupções as orações dos sacerdotes que o velaram e testemunhos de figuras públicas das áreas politica e cultural.

 

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