VLADIMIR PUTIN CHAMA ATAQUE AO IRAQUE DE "GRANDE ERRO POLÍTICO"

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, convocou hoje uma reunião, no Kremlin, dedicada à situação no Iraque decorrente do ataque dos EUA. O tema da reunião foram a segurança da Rússia e as consequência da guerra no Iraque para a economia nacional.

Vladimir Putin chamou a acção militar dos EUA contra o Iraque de "grande erro político", tendo assinalado que a Rússia "insiste na mais rápida cessação das operações militares".

Putin salientou que a Rússia "irá defender que a situação volte ao caminho de paz e que a questão iraquiana obtenha uma autêntica solução com base nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

Putin disse que nada pode justificar a acção militar, nem as acusações de que o Iraque estaria a apoiar o terrorismo internacional (não temos tido tais informações) nem o desejo de substituir o regime político deste país, o que vai directamente contra o direito internacional e só compete resolver aos nacionais deste ou daquele Estado".

"E, por fim, não havia nenhuma necessidade de realizar as operações militares para responder à principal questão colocada directamente pela comunidade internacional: Terá ou não o Iraque armas de extermínio em massa? Em caso de resposta afirmativa, o que e quando deverá ser feito para desmantelá-las?" - disse o Presidente.

Para Putin, até o início da operação militar, o Iraque "não representava nenhum perigo para os países vizinhos nem para as outras regiões do mundo, pois, em 10 anos de cerco, tornou-se fraco militar e economicamente". E muito menos representava perigo no momento em que ali estavam a trabalhar os inspectores internacionais - disse o Presidente russo. "Pelo contrário, os trabalhos dos inspectores internacionais deram recentemente resultados muito positivos" - disse Vladimir Putin.

Ainda de acordo com o Presidente, os "trabalhos conjuntos no Conselho de Segurança da ONU (inclusive aqueles com os EUA), a aprovação unânime da resolução 1441 que impediu o emprego da força, permitindo, contudo, a retomada das inspecções internacionais, assim como outras medidas coercivas em relação às autoridades iraquianas deram início ao desarmamento prático do Iraque por meios pacíficos".

RIA NOVOSTI

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