Situação tensa em Uzbequistão

Alexei Malashenko, Centro Carnegie, Moscovo

Os eventos foram provocados por uma situação social difícil e a alta taxa de desemprego, que são a culpa do Presidente Islam Karimov. Qualquer protesto social num país como este onde a maioria da população é muçulmano irá mais cedo ou mais tarde ganhar um cariz religioso.

Alexei Makarkin, vice-director geral do Centro das tecnologias Políticas

Karimov tem estado a vacilar entre a Rússia e os EUA. Na semana passada ele comprometeu-se, saindo da GUUAM (Geórgia, Ucrânia, Uzbequistão, Azerbaijão e Moldova). Precisa de apoio político, que Moscovo está numa posição para poder dar. Prevê-se um aumento na cooperação entre Moscovo e Uzbequistão e talvez a adesão de Tashkent à Organização do Tratado de Segurança Colectiva (Federação Russa, Bielo-Rússia, Arménia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão) e EurAsEC (Comunidade Económica Eurásia), cujos membros são a Rússia, Bielo-Rússia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão).

Konstantin Zatulin, Deputado da DUMA Estatal da Federação Russa

Há todas as razões para acreditar em Karimov quando afirma que a desestabilização no seu país se deve a organizações extremistas islâmicas. Ele tem-nas perseguido com determinação e tem agido correctamente até agora.

Sergei Mitrokhin, Vice-Presidente do partido Yabloko

Foi mais uma questão duma revolta de parte da sociedade uzbeque e o tecido empresarial contra o autoritarismo de Karimov. Tomar o lado dele poderia levar a uma guerra civil em Uzbequistão e a formação dum estado islâmico.

Ivan PODGORNY PRAVDA.Ru

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