Com motivo das festividades de fim de ano e a chegada do 2005, apresentamos-lhes nossa patriótica, bolivariana e revolucionária saudação. Que o Novo Ano ofereça a todos um grande leque de oportunidades para continuar a busca do entendimento, a tolerância, a convivência pacífica, o respeito à livre autodeterminação e a soberania de cada país, pré-requisitos básicos para obter o maior anseio, convertido em clamor universal, de todos os povos do mundo: A Paz e a Justiça Social.
O uso prepotente e indevido do poderio bélico dos mais fortes sobre os países débeis, ou seja, a sem razão da força bruta de quem querem erigir-se nos todo-poderosos do mundo, será durante o 2005 o mais importante motivo para manter sempre em alta nos eventos de caráter regional, nacional e internacional, a bandeira do que queremos chamar aqui A FORÇA DA RAZÃO. A barbárie e a prepotência fazem odioso a quem as pratica e recebe a rejeição dos povos. Enquanto os que portam as bandeiras da paz, da justiça que gere soluções reais que beneficiem às massas empobrecidas, cujo número ultrapassa os 4 mil milhões de seres humanos, gozam da simpatia e apreço de quem os reconhecem como seus líderes, tanto no plano nacional como internacional.
Isto é palpável em processos políticos importantes como a Revolução Bolivariana de Venezuela, a demonstração clara de luta por transformações profundas dada pelos povos de Argentina, Brasil e Uruguai. Isto mesmo encontramos na erguida e valente resistência do povo cubano em defesa de sua Revolução Socialista.
Em América Latina este palco está cada dia mais claro e conta com o avivamento de um elemento característico do que somos: Um mesmo povo! Nos estamos referindo à integração, cujo primeiro e mais importante promotor é o Libertador Simón Bolívar. As razões para procurá-la residem em que temos uma mesma história, bem como os mesmos costumes, tradições e cultura. Igualmente, temos os mesmos problemas e nos assiste o direito a pensar que temos também o mesmo destino: A SEGUNDA E DEFINITIVA INDEPENDÊNCIA, que passa pela conquista da Paz com Justiça Social. Estes são os ventos que sopram nos países latino-americanos e caribenhos. Ventos que fazem ondear as bandeiras da integração desde a Terra do Fogo até O Rio Bravo.
As Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia Exército do Povo não são alheias a esse grande sentimento de integração latino-americana, por uma parte e, por outra, todos seus Comandos e combatentes em general, vemos que nossa luta está unida à causa da Paz, da Justiça e da convivência civilizada entre os povos e nações do mundo. É sabido que o conflito interno pelo qual passa Colômbia tem origens de caráter político, econômico e social, cuja solução não surge do incremento da guerra contra o povo. Guerra montada pela oligarquia fascista, experiente em paramilitarismo, Terrorismo de Estado e narcotráfico, apoiada pela ingerência do Governo dos Estados Unidos. Assim foi sempre. Com toda razão afirmava Jorge Eliécer Gaitán: A oligarquia está de joelhos ante o Imperialismo e tem a metralhadora posta contra o Povo. Ademais, o destino de Colômbia não pode ser a guerra civil.
Por isso em carta recentemente dirigida ao Ilustre Senhor Secretário Geral das Nações Unidas (ONU) Cofi Annam, manifestamos-lhe com toda clareza: Sobre este tema e nossas propostas conducentes a encontrar os caminhos da paz com justiça social, solicitamos-lhe novamente se nos permita participar na Assembléia Geral das Nações Unidas para explicar-lhe ao mundo a realidade de nosso conflito interno e as propostas que a nosso juízo contêm fórmulas de solução incruenta à grave crise que nos afeta e enfrenta com os donos do poder. Esforço que estamos dispostos a fazer pela paz de nosso país, desde que contemos com verdadeiras garantias de segurança para nossa delegação de ida e regresso ao lugar de partida
Ademais, interpretando fielmente o clamor nacional pela Troca de prisioneiros em poder das duas partes, ou o Intercâmbio Humanitário, e igualmente estimulados por interesse de que se resolva com êxito esta situação, expressado oficialmente por vários Governos amigos da solução política ao conflito, dissemos-lhe com toda franqueza ao Senhor Secretário Geral da ONU o seguinte: O outro tema, inerente ao anterior é o relacionado com a troca ou intercâmbio de prisioneiros de guerra em poder das duas partes. Mantemos, nossa plena vontade política de concertar com o governo, a assinatura do acordo que ponha fim ao cativeiro dos prisioneiros em nosso poder, sujeitos à troca, a câmbio de receber do governo mais de 500 guerrilheiros privados da liberdade, por fazer uso legítimo do direito à Rebelião. Com esta finalidade humanitária, em comunicado público do passado 28 de novembro, propusemos ao governo colombiano a desmilitarização dos municípios de Pradaria e Florida, no Departamento (Estado) do Valle, sem que até hoje tenhamos resposta oficial. Seu Assessor Especial, senhor James Lemoyne, conhece detalhes de nossas propostas. O qual por instruções suas fez até o impossível para dar-lhe continuidade às negociações com o presidente Pastrana, mas nem sequer foi escutado
Cremos que o ano 2005 ampliará o palco da luta popular sem a qual não será possível criar espaços novos de convivência e de irmandade entre os Povos da Terra e em particular de Nossa Grande Pátria América!
Que os clarins da Guerra dêem passo aos Gritos de festa e alegria que pode gerar a luta pela Paz com Justiça Social que derrote a ignominiosa dominação prepotente e desumana dos poderosos contra os débeis.
COMISSÃO INTERNACIONAL DAS FARC-EXÉRCITO DO POVO
DEZEMBRO 2004 JANEIRO 2005
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