Relatória da linha de frente das FARC

Os grandes monopólios nacionais da informação estiveram muito empolgados durante o mês de novembro. Os desastres invernais, o reinado de beleza, a visita dos Católicos Monarcas de Espanha, a curta estadia de George Bush em Cartagena e a ficção teatral do desarme dos paramilitares foi um assunto copioso e lucrativo para estes monopólios.

Em contraste, não mereceram manchetes na imprensa a gravidade do conflito armado que ensangüenta atualmente o país, nem as terríveis conseqüências geradas pela arremetida brutal de Álvaro Uribe contra os milhões de colombianos pobres os quais chama de terroristas. Só na área do Bloco Oriental das FARC-Exército do Povo se apresentaram mais de cento e cinqüenta confrontos armados entre a guerrilha e as forças militares e paramilitares do Regime.

Nas planícies do Yarí os combates se prolongam por várias horas ao dia e envolvem a participação de tanques de guerra, helicópteros artilhados e aviões bombardeiros contra os aguerridos alçados.

Em Arauca, Vichada e Guaviare a confrontação causa um elevado número de baixas nas Brigadas Móveis do Exército Oficial. Nas selvas do Caquetá, as paquidérmicas patrulhas de milhares de soldados contra-guerrilheiros são assediadas permanentemente pelo fogo dos comandos guerrilheiros, ou chocam com cortinas de projéteis disparados por valorosas companhias de rebeldes.

Os repetidos fracassos das hostes uribistas pressagiam mesmo o afundamento final de seus projetos. Num grande número de municípios de Cundinamarca, Boyacá e Meta o Exército da Segurança Democrática rouba o gado e as galinhas e o mercado dos camponeses, queima suas casas, bota na cadeia, desaparece ou desloca a grande parte da população. As atrocidades se repetem em Arauca, Casanare, Vichada, Vaupés, Guaviare. No oriente do país está restrito pelas tropas a extremos impensáveis o transporte de comida, combustíveis, úteis domésticos, de trabalho e vestuário.

As bananeiras e a agricultura de sobrevivência são fumegadas sem discriminação. A economia de grandes regiões esta morta e há fome entre seus habitantes. O Estado colombiano adianta sem piedade uma pavorosa campanha de despovoamento. A troca da tortura, dos assassinatos, dos desaparecimentos e do medo, a propaganda oficial promete multimilionárias recompensas a quem vire delator.

O número das baixas inimigas, fornecido neste Boletim não é completo. A crueza de numerosos confrontos nos impede conhecer plenamente seus resultados. Pese a isso as cifras permitem compreender a dimensão da confrontação e explicam o calculado silêncio do Regime em matéria de resultados de suas operações. O conflito deixa milhares de famílias na miséria, ceifa a vida a muita gente humilde do povo, trunca as ilusões às jovens tropas tombadas em combate e a dor machuca seus seres queridos, precipita ao caos a economia nacional. A Uribe unicamente o desvelam o poder, os afagos de George Bush e os milhões de dólares prometidos por ele para a guerra.

As FARC-Exército do Povo chamam o povo sofrido de Colômbia a pronunciar-se de maneira contundente contra a arrogância fascista, a lutar por uma Pátria democrática, soberana e tolerante, pela reconciliação, a paz e a justiça social. Nossas armas estarão sempre ao serviço dessa causa. Boletim de guerra do Mês de Novembro

As diferentes Frentes, Colunas, Companhias móveis, Comandos e Unidades Táticas do Bloco Oriental das FARC-Exército do Povo desenvolveram as seguintes ações militares com os seguintes resultados:

Combates 50, minados 7, fustigamentos 101. Total combates, fustigamentos e minados: 158.

Exército: Mortos 85 e feridos 90. Polícia: morros 4 e feridos 3. Paramilitares mortos 3 e feridos 7. Total parcial de baixas inimigas: 192

Helicópteros avariados 7, aviões de pequeno porte avariados: 3 Tanqueta avariada: 1. Torres de energia derrubadas: 1. Barreiras guerrilheiras: 1. Carretas petroleiras queimadas: 4. Material recuperado: 1 fuzil 2.23, uma pistola 9mm, 260 tiros e 2 granadas de mão.

Baixas próprias: 17 guerrilheiros e 5 milicianos bolivarianos mortos, 4 guerrilheiros feridos. Total: 26. Material perdido: 10 fuzis, 14 equipes de campanha, 2 morteiros, um rádio HF e 4 pitolas.

ESTADO MAIOR DO BLOCO ORIENTAL FARC-Exército do Povo Montanhas do Oriente colombiano, Dezembro 02 de 2004

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