Os Satânicos Cristãos dos Estados Unidos da América

Entre um culto satânico e um grupo de Cristãos, qual dos dois iria dar seu apoio a um acto de assassínio em grande escala (dezenas de milhares de inocentes), a tortura, estupro, a destruição de lares, de famílias, a actos de vandalismo, a actos de terrorismo? O primeiro, ou o último?

Em qualquer parte do mundo, seria evidente que só aqueles que andam com Satanás poderiam estar a favor de tais actos de chacina, que são testemunho do Armageddon descrito na Bíblia. Mas aparentemente, não é bem assim nos Estados Unidos da América, onde os assim-chamados Fundamentaslistas Cristãos dão a George W. Bush a Presidência numa bandeja de prata, com uma palmada nas costas e um piscar do olho que diz “Continue, amigo”.

Mas que “Cristãos” são estes e qual será a Bíblia que seguem? O Velho Testamento, ou o Novo?

O Cristianismo fundamenta os valores pregados pelo Jesus Cristo, que, como as outras religiões principais, se baseiam nos princípios de paz, amor, tolerância, diálogo e fundamentalmente, no respeito pela vida, pela propriedade do próximo e pelas leis básicas que governam a Humanidade. As religiões principais são guardiães da vinculação não escrita que define a decência humana e aquilo que é considerado como o inaceitável.

Em termos simples, facilmente compreendidos pelo homo sapiens sapiens que viveu em ilhas de civilização entre as terras bravas, a divisão entre os dois preceitos foi descrita como o Reino de Deus e o Reino do Diabo, o Céu e o Inferno, o Bem e o Mal.

Desde que as Escrituras foram escritas, o Homem tem utilizado, e às vezes abusado, os originais objectivos da Palavra, para providenciar aos duvidosos uma explicação do desconhecido e mais importante, as regras dentro dos quais a Humanidade deveria viver...ou para justificar seus actos.

Poucas civilizações podem afirmar que não tiveram culpa em tais actos de blasfémia, na tentação de ligar as acções da Igreja às do Estado, para fortalecer o último, içando bandeiras religiosas que em muitos casos eram mais poderosas do que as bandeiras nacionais, devido à natureza trans-nacional da religião.

Porém, hoje, dois mil anos depois da Paixão de Cristo e mil e quinhentos anos depois da morte de Maomé, continuamos a ver actos de blasfémia justificados sob bandeiras religiosas numa escala tão primária como aqueles que foram perpetrados há 500 anos pela Inquisição.

Um belo exemplo desta blasfémia actualmente foi o regime dos Talebã, que usurpou o conteúdo do nobre Qu’rão e substituiu a sua mensagem principal por uma mistura de modos Pashtun e leis extremistas Islamistas. O resulto foi um insulto e um ataque directo contra o Islão.

Mas também, os assim-chamados Cristãos Fundamentalistas nos Estados Unidos da América, cuja posição a favor do regime de Bush dá razão a actos de chacina, é blasfémico, é testemunho mais uma vez que o Cristianismo pode ser manipulado pelo Satanás onde e quando ele apetecer. Os Cristãos Fundamentalistas dos Estados Unidos da América são a imagem-espelho dos Talebã…pois os dois insultam e negam os seus Deuses.

Como pode qualquer Cristão apoiar um acto de assassínio, muito mais assassínio em grande escala? Como pode qualquer Cristão apoiar actos de tortura? Como pode qualquer Cristão apoiar um acto de estupro? Será que estes Cristãos nos Estados Unidos sabiam que um número substancial de mulheres, mães e irmãs de pessoas procuradas pelas autoridades militares invasores foram estupradas nas prisões pelo pessoal militar dos EUA e será que estes Cristãos dos EUA sabiam que uma parte substancial destas mulheres preferiram suicidar-se em vez de praticaram o aborto ou enfrentar a vergonha perante a sua família?

Estes Fundamentalistas Cristãos sabiam que as forças militares de Bush escolheram como alvos militares as infra-estruturas civis para que contratos bilionários de reconstrução pudessem ser atribuídos aos amigos de Cheney em Halliburton, sem que tenha sido atribuído qualquer concurso público?

Quando falamos em escolher como alvos militares as infra-estrutuiras civis, estamos a falar de centrais elétricas, estamos a falar de sistemas de fornecimento de água, de escolas, de hospitais. Onde na fé Cristão é que diz que é aceitável destruir tais estruturas? Onde na fé Cristão é que diz que se pode abrir fogo contra civis, a gritar “Arde, seu filho da puta, arde”?

Onde na fé Cristão é que diz que um soldado pode enfiar sua arma automática na cara dum rapaz de seis anos, gritando “Mãos para cima, seu caralho, filho da puta!!! Mãos para cima, seu filho da puta…AGORA!!!!”

Não, não basta negar tudo e virar à cruz. Estas situações são documentadas e gravadas, entre muitas outras, mais chocantes ainda, aliás, demasiado chocantes para expor aqui. Estas situações aconteceram, acontecem e hão-de continuar a acontecer, enquanto Bush e seu regime maldoso, que enganou o seu povo com os seus contos de medo, continuar no poder, fazendo com que os bons Cristãos dos Estados Unidos da América dessem seu aval a mais quatro anos para garantir a continuação deste regime satanista.

Como todos sabem, e como George Bush já admite, o Iraque e os eventos no 9/11 não estavam ligados, aliás estavam totalmente desconectados. Saddam Hussein não é bin Laden. Qualquer pessoa que sabe algo acerca dos eventos internacionais sabe muito bem que os dois se odeiam porque Saddam Hussein era considerado pouco Islamista pelos fanáticos. Por isso, qualquer ligação entre o Iraque e o terrorismo internacional, em palavras claras, é disparate.

Porém, este disparate vê os tropas dos EUA, todos os dias, a chacinarem iraquianos, incluindo mulheres e crianças e quanto aos homens que resistem às forças de invasão, quem não faria a mesma coisa, se seu país fosse invadido? São patriotas, não "insurgentes".

Por isso cada vez que os Fundamentalistas Cristãos dos EUA entrem numa Igreja e afirmem a legitimidade da sua postura, que se engasguem ao consumir a Hóstia.

Os Fundamentalistas Cristãos dos Estados Unidos da América são, quanto melhor, uma fatia da população que querem o bem da humanidade mas que se deixou ser enganado devido à sua ignorância e arrogância colectiva. Quanto pior, são um clique de sicofantas ingénuos e patéticos que se arrastam aos pés de quem tem a autoridade, sejam quais forem os seus preceitos, prestando cegamente a atenção como idiotas a aqueles criminosos que queimam seu dinheiro todas as semanas em actos de depravação, dinheiro ganho nas prestações que as congregações destas seitas dão aos cultos, controlados por mestres de histeria em grande escala que sabem misturar os domínios de religião e da política. Religião como o ópio do povo. Lenin tinha razão, afinal.

Só que a religião de Cristo nada tem a ver com a religião de Bush. A religião Cristão nunca apoiou, nem apoia, nem nunca apoiará, actos de chacina, actos de tortura, actos de estupro, a invasão de propriedade particular, o desrespeito pela vida humana.

O Iraque nada tem a ver com o 9/11. Tem a ver sim com o petróleo à posição geo-estratégica dos EUA porque a Arábia Saudita se tornou instável demais. O Afeganistão também nada tinha a ver com Osama bin Laden, tinha a ver com o gasoduto proveniente do Turquemenistão e o Irão é (ou será) uma questão da conectividade do gasoduto ou pipelines de petróleo, beneficiando a elite corporativa que gravita a volta da Casa Branca, centrado nas figuras dos senhores Cheney e Rumsfeld.

Aqueles que queiram entrar em estado de crisálida, negando tudo à sua volta, negam também aquilo que sabem, nomeadamente que o Presidente dos Estados Unidos da América não sabe nada, é manipulado pelos seus subordinados, é um pau mandado.

As forças apoiando o Senhor Presidente dos Estados Unidos da América não são Cristãos nem Islâmicos nem nada religioso. São guiadas pela gula, pela sede de terem poder, são guiadas pelos preceitos de Satanás e são suficientemente manhosas para terem conseguido enganar os bons Cristãos dos Estados Unidos da América a votarem nelas. É o reino de Satanás e ele venceu plenamente.

Gozaram com o povo, insultaram as suas crenças e manipularam as suas ideias, através da manipulação do medo.

Concluindo, uma mensagem do meu amigo há 26 anos, Ali, com quem tive o prazer de passar três anos na faculdade. O filho de Ali, Rashid, estava em Bagdade no início da campanha de Choque e Pavor lançado por George W. Bush.

Disse-me, entre as lágrimas a mancharem o papel, que seu filho Rashid tinha estado com os avós em Bagdade e foi morto no início da campanha assassina de George Bush, campanha apoiada pelos Cristãos Fundamentalistas nos EUA.

Rashid foi encontrado pela avó nas ruínas da sua casa, com um buraco no abdómen, através do qual saia sangue e fezes. Sabendo a sua condição, ele olhou bem dentro dos olhos da sua avó e implorou “Avó, por favor diga ao Papá que fui corajoso e que não chorei”.

Depois morreu. Seis anos de idade.

Como é que qualquer Cristão na face desta terra pode dizer que apoia tais actos satânicos de chacina?

Se descrevam como quiserem, mas por favor não se descrevam como Cristãos. Não insultem Cristo. E não insultem os cristãos que respeitam os princípios fundamentais da religião. Se quiserem, se descrevem como seguidores de Satanás…seria mais certo.

E tenham vergonha daquilo que fizeram, apoiando um regime de assassínios e criminosos de guerra…procurem um Padre, não um charlatão. Nós, Cristãos, rezamos por vocês, para que tenham vergonha daquilo que fizeram e para que começam a ver a luz.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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