Sessenta mil votos, ou para ser mais preciso, cinquenta e oito mil votos, é muito voto num estado marginal como é descrito o estado de Florida, onde a diferença entre os Republicanos e Democratas é mínima e onde qualquer desequilíbrio poderá ganhar a votação dos 27 eleitores no colégio dos eleitores (o número iguala a quantia de membros de congresso mais o número de senadores).
Há quatro anos, a comunidade internacional observou o triste espectáculo dos Republicanos roubarem o Estado do Democrata, Al Gore, com práticas que virariam os olhos em qualquer República das Bananas. Quatro anos depois, e a dias da eleição presidencial, a mesma comunidade mais uma vez tem outro triste espectáculo o de quase 60.000 votos a desaparecerem, no mesmo estado, onde o irmão do Presidente, Jeb Bush, é governador.
Mas que grande surpresa!
O legado do regime de Bush é que depois de quatro anos de mentira, de documentos forjados, de arrogância, de incompetência, de tortura, de assassínio numa enorme escala, e sua reacção inteiramente desadequada a eventos complexos, nos quais ele e seu regime de elitistas corporativas não completamente desconectados, ninguém fica tão espantado desta vez.
O caso, confirmado pelo Departamento de Lei da Florida, é mais um num longo cadastro de horrores. Será Bush o presidente que o povo dos Estados Unidos da América querem para os representar?
Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru
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