Encontrou-se um alto nível de radioactividade nos tanques iraquianos destruídos e abandonados. Em Bagdade e Samarra, foram encontrados tanques radioactivos.
Este hardware militar coloca um perigo à saúde pública e quebra a Convenção de Genebra, que estipula claramente que não se pode deixar o campo de batalha em estado perigoso. Um grupo de peritos duma ONG japonesa declarou à imprensa hoje que o nível de radioactividade excede por 300 vezes o nível considerado seguro e a imprensa norte-americana começa a fazer relatórios sobre o estado de saúde dos militares que voltaram do Iraque, que em alguns casos, mostra altos níveis de radioactividade.
O Urânio Empobrecido, Urânio-238 (UE), tem uma densidade 1,7 vezes mais alta que o chumbo e por isso é utilizado para fazer obuses para furar a armadura nos tanques e para destruir abrigos.
Peritos no Pentágono classificam U-238 como químico e não rádio-activo e dizem que sete anos depois de ter sido utilizado, é inofensivo. Muito bem. Mas como justificar a utilização de U-238 em áreas onde os civis poderão entrar em contacto com algo que é nocivo durante sete anos?
Os regulamentos internos no exército dos EUA proíbem os seus soldados de se aproximarem destes veículos. Não será uma admissão de culpa?
Doug Rokke, físico norte-americano, é bastante preciso na sua explicação dos perigos do U-238: Cada veículo que entre em contacto com uma só munição com UE tem de ser removido, toda a área à sua volta tem de ser limpo e depois, com um bulldozer, tem-se de remover todo o solo até uma profundidade de 10 centímetros numa área de 100 metros a volta da zona de impacto para que a área se torne segura outra vez. Se isso não for feito, será contaminada por 4,5 bilhões de anos.
Dmitry SUDAKOV PRAVDA.Ru
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