Conflito no sul do Líbano: 22 mortos em confrontos com tropas israelenses

Neste domingo (26), as forças israelenses mataram 22 pessoas no sul do Líbano, no momento em que milhares de civis tentavam retornar às suas casas após o fim do prazo para a retirada das tropas israelenses da região. O incidente ocorreu apesar do acordo de cessar-fogo estabelecido em novembro passado com a mediação dos Estados Unidos, informou o Ministério da Saúde libanês.

Acordo de cessar-fogo e disputas

O cessar-fogo previa que as tropas israelenses deixassem o sul do Líbano dentro de 60 dias, enquanto o Líbano deveria garantir que a região ficasse livre das armas do Hezbollah e mobilizar o Exército libanês.

No entanto, Israel afirmou na última sexta-feira (24) que manteria sua presença militar, alegando que o Líbano não havia cumprido totalmente os termos do acordo.

"O Hezbollah está tentando escalar a situação", afirmou um porta-voz militar israelense em publicação na rede social X. Ele também indicou que, em breve, informariam os moradores sobre os locais seguros para retorno.

Conflito e consequências

Durante o domingo, moradores que tentavam retornar às suas aldeias foram alvo de disparos e confrontos. Israel relatou ter realizado "tiros de advertência" e apreendido pessoas que representavam "ameaças iminentes".

Segundo o Ministério da Saúde libanês, além dos 22 mortos, mais de 120 pessoas ficaram feridas em 15 localidades diferentes no sul do país. Ambulâncias e equipes médicas relataram dificuldades em atender os feridos devido à situação caótica.

Hezbollah e reação internacional

A emissora al-Manar, ligada ao Hezbollah, transmitiu imagens de moradores se deslocando para suas aldeias, alguns carregando bandeiras do grupo e homenageando combatentes mortos.

O parlamentar Hassan Fadlallah, do Hezbollah, afirmou que o Líbano está comprometido com o acordo, mas acusou Israel de violá-lo com o apoio dos EUA.

"O Estado libanês tem a responsabilidade de garantir a retirada de Israel do sul do país", afirmou Fadlallah.

Enquanto isso, a Casa Branca declarou na sexta-feira (24) que uma extensão curta e temporária do cessar-fogo era urgentemente necessária para evitar mais escaladas.

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Author`s name Petr Ermilin

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