O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou durante seu discurso de posse nesta segunda-feira (20) que o país expandirá a exploração de petróleo e gás, visando reduzir os custos de energia para os consumidores e aumentar as exportações.
"A América será mais uma vez uma nação industrial. Temos algo que nenhuma outra nação jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país da Terra. E vamos usá-la," declarou Trump.
Com foco no consumidor, Trump planeja implementar mudanças que promovam uma maior "capacidade de escolha" no mercado de energia. Entre os principais objetivos estão:
A estratégia também envolve simplificar processos de licenciamento, revisando e eliminando regulamentos considerados onerosos para a produção de energia e mineração.
Um documento intitulado "Primeiras Prioridades", divulgado pelo governo, enfatiza a liberdade de escolha dos consumidores em relação ao uso de veículos, eletrodomésticos e fontes de energia, colocando em pé de igualdade opções convencionais e alternativas.
Trump criticou as políticas de incentivo à energia limpa implementadas pelo ex-presidente Joe Biden, que priorizavam carros elétricos, energia renovável e solar. Segundo Trump, essas medidas aumentaram os custos para os consumidores no curto prazo.
Entre as mudanças destacadas estão:
Em um de seus primeiros atos como presidente, Trump assinou um decreto confirmando a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o Clima, alegando que o tratado prejudica a economia americana e favorece outras nações às custas dos EUA.
Trump já havia retirado o país do acordo em seu primeiro mandato, mas a decisão foi revertida por Joe Biden em 2021. Agora, os EUA se juntarão a países como Irã, Líbia e Iêmen, que permanecem fora do tratado climático de 2015.
O Acordo de Paris tem como meta limitar o aquecimento global a 2°C até o final do século, com esforços para restringir o aumento a 1,5°C. No entanto, dados recentes mostram que a temperatura média global já subiu 1,6°C em relação aos níveis pré-industriais.
Especialistas apontam que a retirada do Acordo de Paris e o desmantelamento de incentivos à energia limpa podem dificultar o avanço das metas climáticas globais. Por outro lado, as mudanças propostas podem reduzir os custos energéticos no curto prazo e beneficiar indústrias que dependem de combustíveis fósseis.
Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, destacou:
"Trump está focando em reduzir os custos imediatos para os consumidores, mas isso pode ter implicações negativas para a transição energética no longo prazo."
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