OTAN e EUA encolhem quando Putin anuncia a suspensão START

A OTAN lamenta a decisão de Moscou de suspender a participação no Tratado Estratégico de Redução de Armas (START), disse o Secretário Geral da OTAN Jens Stoltenberg durante uma conferência de imprensa que ocorreu algum tempo após o discurso de Putin à Assembléia Federal em 21 de fevereiro.

Stoltenberg acusou a Rússia de violar os principais acordos de controle de armas.

"Com a decisão de hoje sobre o New START, toda a arquitetura de controle de armas foi desmantelada", enfatizou Stoltenberg.

Stoltenberg enfatizou que ele "fortemente" recomenda que a Rússia reconsidere esta decisão.

Enquanto isso, o presidente americano Joe Biden disse que os Estados Unidos estavam prontos para discutir questões de controle de armas com a Rússia a qualquer momento.

Durante seu discurso na Assembléia Federal, o Presidente russo Vladimir Putin anunciou a suspensão da participação de Moscou no Tratado de Armas Estratégicas Ofensivas (START-3) que a Rússia havia concluído com os Estados Unidos.

O Secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken chamou a decisão da Rússia de uma infeliz ação.

Ao retornar à discussão do START-3, os arsenais da França e da Grã-Bretanha também deveriam ser levados em conta - ou seja, todo o potencial de greve da OTAN, disse o presidente russo Vladimir Putin.

Em seu discurso de 21 de fevereiro, Putin disse, em particular:

"O primeiro tratado START entre a URSS e os EUA foi concluído em 1991 sob condições fundamentalmente diferentes. A URSS e os EUA chegaram então a um ponto em suas relações quando não se consideraram adversários um do outro".

"Agora é tudo história. Nossas relações se degradaram, e este é o mérito dos Estados Unidos. Foram eles que vieram para construir o mundo do jeito americano, com apenas um mestre. O objetivo era quebrar o sistema de relações que se desenvolveu após a Segunda Guerra Mundial, independentemente dos interesses de outros países".

"No início de fevereiro, a OTAN fez uma declaração exigindo que a Rússia retornasse à implementação de tratados estratégicos sobre armas, com a admissão de inspeções em nossas instalações militares. <...> Nas condições modernas do confronto de hoje, isto soa como algum tipo de disparate. Eles não nos permitem realizar inspeções".

"Os Estados Unidos e a OTAN dizem abertamente que seu objetivo é infligir uma derrota estratégica à Rússia".