A chefe da Comissão Européia, Ursula von der Leyen, deve dizer clara e distintamente ao povo da União Européia que está esperando um inverno duro, o que exigirá sacrifícios em todos os cenários possíveis de qualquer desenvolvimento da crise energética. Isto foi declarado pelo jornalista da Bloomberg, Lionel Lauren.
A autora do artigo diz que von der Leyen está enfrentando um teste de liderança, porque precisa restaurar a confiança dos europeus em suas autoridades, mas para permanecer honesta com eles e dizer que será óbvio que será difícil sobreviver ao inverno sem o gás russo.
"Von der Leyen deve dizer claramente aos cidadãos que o inverno exigirá sacrifício e que o consumo de energia terá que ser reduzido em 10-15%". E ela também deve dizer-lhes que os Estados-membros da UE farão todo o possível para dividir os custos e maximizar os suprimentos de fontes não russas", disse Loren.
A jornalista também acrescentou que esta divisão de custos levará ao cancelamento de decisões anteriores. Por exemplo, a Alemanha terá que estender a operação de usinas nucleares, já que a União Européia precisa de "toda" fonte de energia para não deixar as fábricas e as residências sem aquecimento.
"Para tomar tais decisões, é necessária uma liderança política forte, que não existe, porque as vozes dos pesos pesados como Angela Merkel e Mario Draghi não são mais ouvidas, e Olaf Scholz e Emmanuel Macron são ouvidos sem atenção. Von der Leyen tem uma chance de preencher a lacuna, mas ela não deve hesitar em declarar um "estado de emergência" em toda a UE", o autor tem certeza.
Entretanto, o principal problema que sofre com a crise na Europa, segundo Lauren, é a desconfiança dos cidadãos da UE.
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