China se recusa a emprestar ativos yuan à Rússia

A China não mudará a regulamentação estatal para comprar títulos do governo russo

As autoridades chinesas se recusam a mudar a regulamentação estatal para que suas empresas possam comprar títulos do governo russo emitidos em yuan, disse Timur Maksimov, vice-ministro das Finanças no Fórum Financeiro de Moscou, relatórios da Finmarket.

De acordo com Maksimov, faz sentido tomar emprestado ativos em yuan somente se eles proporcionarem um influxo de dinheiro novo para a economia russa. Nas condições atuais, um empréstimo só pode ser possível nos chamados bônus panda que são vendidos no mercado interno chinês. Para retirá-los, é necessária uma permissão especial do órgão regulador.

De acordo com Maksimov, se os investidores chineses comprarem títulos do governo russo, isso significaria que eles retirariam dinheiro do sistema nacional. Pequim não está preparada para isso. Timur Maksimov acredita que esta questão poderia ser resolvida no futuro, mas o prazo, durante o qual as autoridades chinesas poderiam mudar sua posição, não é claro.

A Rússia espera começar a emitir títulos do governo em yuan durante os últimos oito anos. Em 2016, a Rússia planejava emitir títulos no valor de cerca de seis bilhões de yuan (52 bilhões de rublos), mas a emissão foi adiada para 2017. Em 2019, Sergei Storchak, então Vice-Ministro de Finanças, admitiu a falta de progresso nas negociações.

Após o início da operação especial na Ucrânia e um forte aumento das tensões nas relações com o Ocidente, Moscou tentou revisitar esta idéia, embora ainda sem sucesso, admitiu Maksimov.

Anteriormente, o Embaixador russo na China, Andrei Denisov, observou que a China não arruinaria as relações com os países ocidentais em nome de uma cooperação mais forte com a Rússia. O volume de negócios da China com a União Européia e os Estados Unidos é dez vezes o volume de negócios com a Rússia em termos monetários.

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Author`s name Petr Ermilin