Venezuela: Líder totalitário contra Imperialismo

Seus adversários dizem que ele é um líder totalitário que quer transformar o país num estado comunista do tipo de Castro. Chavez e seus seguidores acreditam que a oposição faz parte duma força imperialista controlada pelos Estados Unidos da América que quer esmagar uma revolução democrática no quinto exportador de petróleo no mundo.

A Batalha da Venezuela começou quando um golpe de estado contra Chavez falhou há dois anos e continuou na semana passada, quando o Conselho Nacional para as Eleições autorizou que o governo e a oposição lancassem suas campanhas para o Referendo de 15 de Agosto.

A oposição controla grupos poderosos na média e o governo controla as instituições públicas. As cidades estão divididas. As áreas mais afluentes de Caracas (a zona mais rica da Venezuela) detestam os apoiantes de Chavez e as áreas mais pobres apoiam o Presidente.

A oposição declara que vai trabalhar sem parar para destituir Chavez, mas o Presidente responde, dizendo que o inimigo número um são as forças imperialistas e declara que é o Departamento de Estado dos EUA que paga os seus opositores.

O grupo heterogéneo formado por empresários e monopolias locais e internacionais não gostam do processo da República Bolivariana (a revolução democrática em Venezuela, que tem o nome da figura política histórica), porque sentem que ameaça os desejos da classe média e média alta, farta da retórica populista de Chavez e seus planos sociais progressivos que baixaram os preços de alimentos e de medicamentos e abriram escolas para milhões de pessoas excluídas.

A oposição precisa de pelo menos 3,7 milhões de votos para destituir o presidente, o número de votos obtido por Chavez na eleição de 2000. As sondagens são divididas. Uma sondagem conduzida por uma entidade venezuelana apontou para uma vitória para a oposição de 57,4% contra 42,6%. No entanto, uma sondagem conduzida por uma entidade norte-americana aponta para a vitória de Chavez por 57% contra 41%.

No caso duma vitória para a oposição, haveria uma eleição presidencial um mês depois do Referendo, terminando o mandato de Chavez, que acaba em 2007. Se Chavez ganhar, irá terminar o seu mandato e concorrer para outro, segundo suas palavras.

Seja como for, a batalha da Venezuela continuará porque a oposição não vai baixar as armas e o processo democrático já foi longe demais para parar agora.

Hernan ETCHALECO PRAVDA.Ru BUENOS AIRES ARGENTINA

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X