Os EUA querem conflito, portanto as conversações são inúteis

Analista político: os EUA querem conflito, portanto as conversações entre a Rússia e a Ucrânia são inúteis

Sergey Gorodnikov, director do Center for Global Policy Development, comentou numa entrevista ao Pravda.Ru a declaração do Ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergei Lavrov sobre a emergência de uma maior compreensão das questões do Donbass e da Crimeia por parte de Kiev.

"O processo de negociação não conduz a nada e não conduzirá a nada". É apenas uma plataforma para a troca de algum tipo de opiniões com os Estados Unidos. Enquanto eles estiverem interessados neste conflito, o conflito continuará. O Ocidente e o Reino Unido decidiram planear os abastecimentos com vários meses de antecedência, o que significa que a OTAN já assume que os combates irão durar meses", disse o especialista.

Salientou que as autoridades ucranianas e russas estão a utilizar as conversações para dar esperança aos seus cidadãos. Além disso, Kiev é capaz de prosseguir uma política agressiva de ofensiva de informação, observou o perito.

"A delegação ucraniana são políticos, que sabem utilizar qualquer plataforma para expressar as suas opiniões de uma forma bastante enérgica e agressiva. A nossa delegação é constituída por burocratas, funcionários habituados a trabalhar apenas em acordos entre burocratas e burocratas e que são completamente incapazes de trabalhar no domínio público. Por exemplo, o escândalo com as declarações feitas por representantes da delegação, principalmente Medinsky, após a última ronda de negociações, explodiram o país, houve sinais de que estávamos a capitular", disse o analista político.

Lavrov disse há pouco que a delegação ucraniana mostrou mais consciência sobre o tema da DNR e LNR e Crimea durante as conversações com representantes do lado russo.

"Vimos muito mais consciência de outra realidade, refiro-me à situação com a Crimea e em Donbass", disse o ministro.