A Semana Revista

Massacre pelas forças armadas de Israel

Em Rafah se viu o pior do regime de Ariel Sharon. Depois duma semana de violência, perpetrado por Israel, que afirmou que os Palestinianos estavam utilizando túneis para transportar armas (mas nenhum foi encontrado), as forças armadas deste país decidiram utilizar um helicóptero norte-americano para disparar dois mísseis contra uma manifestação de civis, chacinando dez pessoas, incluindo crianças.

Esta barbárie soletraria o fim de qualquer governo em qualquer país civilizado. Em Israel, não. Mísseis contra uma manifestação? Sem mais palavras.

Massacre pelas forças armadas dos EUA

No oeste de Iraque, as forças armadas norte-americanas também atacaram civis com um helicóptero, chacinando 38 pessoas, incluindo muitas mulheres e crianças, que celebravam um casamento. Como sempre, e tal como Israel, inventou-se uma justificação, esta vez “uma casa utilizada por insurgentes”.

Nem pediram desculpa, nem o Pentágono admitiu o erro, negando que tivesse conhecimento do sucedido. Metralhadoras contra uma festa de casamento? Sem mais palavras.

Chechénia e Kashmir: Islamistas contra o Islão

O Islão é uma religião de paz, como qualquer outra. Os Islamistas são aqueles que levam a religião de Deus para o foro do Diabo, como as seitas mais perigosas em qualquer parte do mundo.

Em Chechénia, doze soldados e policiais foram mortos em dois ataques perpetrados pelos terroristas e bandidos que são financiados por fora, numa tentativa de desestabilizar a Federação Russa.

Chechénia foi sempre, é e sempre será, parte integral da Federação Russa. Esta república não foi invadida pela Rússia, como muitos pensam no ocidente, mas as forças de segurança foram enviadas para auxiliar as forças policiais locais, que se vêem num pesadelo, lutando contra insurgentes oriundos de fora, armados e pagos por forças cinzentas estrangeiras, que nem se sabe bem quem são.

Uma coisa é certa: querem desestabilizar a Federação Russa. Não tem nada a ver com a luta pela liberdade nem tem nada a ver com separatistas. Tem a ver sim com banditismo, acções criminosas e terrorismo e a maioria da população na República da Chechénia, que votou numa eleição livre no ano passado por uma Constituição que define a Chechénia como República autónoma dentro da Federação Russa, desrespeita por completo os elementos destabilizadores.

Em Kashmir, mais uma mina e mais 26 mortos. Outra vez perpetrado por Islamistas. Porém, quem ou o quê está por trás destes? Terá sido os Estados Unidos da América que deu um impulso aos Islamistas quando criaram os Mujaheddin em Afeganistão, para lutar contra o governo de Dr. Najibullah, governo este que foi o mais progressista socialmente que alguma vez teve este país? É de realçar que os Mujaheddin semearam o caos em Afeganistão, obrigando o governo de Najibullah, que construía escolas, que começava a educar a população, que libertou as mulheres do jugo das leis retrógrados dos Pashtun, a chamar o exército soviético para o proteger. Dez anos mais tarde, os Mujaheddin se tinham transformado nos Talebã e Washington viu o monstro que criou.

Dos Talebã, geridos por Osama bin Laden, os tentáculos do polvo se espalharam por toda a parte. Mais um desastre da política externa de Washington, que simplesmente não consegue ficar entre suas fronteiras.

Abu Ghraib

“Não é assim que fazemos as coisas na América” disse George Bush, que acaba de cair da bicicleta e ficar com um lábio cortado e um olho negro, impedindo-o a ir à sessão de formatura da sua filha. A outra vez, foi um pretzel. Ainda bem que ele se esquivou de ir à tropa, se tantos danos consegue provocar com um pretzel e uma bicicleta, imaginem este homem com um tanque de guerra.

Só que a fantasma de Abu Ghraib vai pairar sobre o regime de Bush por muito tempo, pois estas não foram as acções de uma mão-cheia de gente bêbada ou drogada mas sim foram acções sistémicas e sistemáticas, autorizadas quase com certeza por um elemento com grande influência no Pentágono. Grande influência mesmo.

Esta semana, como a semana passada, se viu a degradação satânica de cada vez mais detidos. O regime de Bush acaba de cometer todos os crimes de que culpou o Saddam Hussein: mentira (afinal quem estava a contar a verdade?), chacina de civis, tortura.

Se Saddam Hussein tinha de ser derrubado por cometer tais actos, então tem de ser derrubado o Bush, porque é igualmente bárbaro ou então pior.

Chega a altura para “mudança de regime”, como disse o Bush, cujas palavras vamos repetir agora… “Esse homem enganou o mundo”.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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