Quase um milhão de pessoas estão presas em Darfur, Sudão, fora do alcance das agências internacionais, devido a intensas batalhas entre as Forças Armadas do Sudão, milícia locais e o grupo rebelde, Exército de Libertação do Sudão.
Tom Eric Vrallsen, enviado especial de Kofi Annan para assuntos humanitários no Sudão, chamou a crise uma das piores no mundo e apelou à comunidade internacional para que agisse antes que seja tarde demais.
Desde o começo de batalhas intensas entre estas três forças armadas na região há um ano, tem havido ataques sistemáticos contra a população civil assassínios, violações, roubo, fogo posto em propriedades particulares, saques. Estima-se que há 700.000 pessoas fora do alcance das autoridades e das agências.
Mais que 100.000 pessoas atravessaram a fronteira e estão refugiados no Chade, onde o acampamento Goz Amer 1 está a receber um fluxo constante de fugitivos, embora estes numeram umas centenas por dia, não o suficiente para fazer um impacto significante na situação que ameaça a região.
A ONU administra quatro acampamentos no Chade para os refugiados do Sudão, um país com entre três e quatro milhões, tornando-o líder em pessoas internamente deslocadas.
A ONU tenta negociar um cessar-fogo na região para deixar entrar apoio humanitário para aqueles que precisam mais.
Eis a Organização das Nações Unidas a trabalhar, a organização descrita arrogantemente pelo regime de Bush como uma Liga de Nações, aludindo com desprezo à organização que não conseguiu impedir o início da guerra no século XX. O que vemos em Darfur é a ONU empenhada em respeitar sua Carta, que foi desrespeitada, denegrida, quebrada pelos Estados Unidos da América e seu clique de sicofantas, na sua fúria de inventar um sem-fim de mentiras para justificar o acto de chacina que perpetraram no Iraque.
O regime de Bush está entretanto ocupado em desperdiçar centenas de bilhões de dólares do dinheiro dos seus contribuintes, lutando contra a maré de caos que semearam no Iraque e planeando o próximo ataque, que será contra a Colômbia.
A Organização das Nações Unidas luta todos os dias para parar conflito, gerir crises e salvar vidas. O regime de Bush esse fala por si.
Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru
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