FARC - Força Alternativa Revolucionária do Comum

FARC - Força Alternativa Revolucionária do Comum

A partir de hoje, a Força Alternativa Revolucionária do Comum, FARC, entra de cheio na contenda política de 2018 com candidatos próprios para a Presidência e o Congresso da República. Faz isso num contexto em que as grandes maiorias esperam virar definitivamente a página da guerra com a implementação dos acordos de Havana e a concretização de um acordo de paz com o ELN.

Com o reconhecimento por parte do Conselho Nacional Eleitoral da personalidade de pleno direito ao partido Força Alternativa Revolucionária do Comum, FARC, se produziu um fato do maior significado para o processo de paz: habilitar as condições formais para a participação política dos que estivemos levantados em armas.

A partir de hoje, entramos de cheio na contenda política de 2018 com candidatos próprios para a Presidência e o Congresso da República. A gente humilde e todos os que sonham com uma pátria nova terão sua própria representação e contarão com uma alternativa política para disputar a presidência.

Damos o passo à luta política legal num contexto em que as grandes maiorias esperam virar definitivamente a página da guerra com a implementação dos acordos de Havana e a concretização de um acordo de paz com o ELN. A gente de bem espera acabar com a corrupção que empobrece ao país; também exige a reorientação do modelo econômico que permita a recuperação da capacidade produtiva, a dignificação do trabalho e a atenção das necessidades mais urgentes da população em matéria de educação, saúde, moradia, seguridade social, cultura e infraestrutura, e a erradicação definitiva da fome e da pobreza em nosso país.

Escutemos a voz dos que habitam os territórios da Colômbia profunda, a nossos campesinos, povos étnicos e comunidades rurais em geral, que hoje se manifestam com razão ao longo e ancho da geografia nacional pelas justas causas do bem-estar e do bem viver. Que eles, com os homens e mulheres humildes dos centros urbanos, tenham reconhecimento e atenção a seus problemas.

Todos estes propósitos terão maiores possibilidades se se consegue traduzir e materializar no mais amplo esforço de unidade por uma grande convergência nacional por um governo de transição, com uma representação majoritária no Congresso. Para isto, oferecemos desde já toda nossa disposição para o diálogo político. Temos a convicção de que estão se gestando os tempos para tornar realidade as esperanças das gentes do comum.

Neste momento difícil da implementação dos acordos, esperamos que o Congresso da República tenha a estatura histórica para elaborar os requerimentos mínimos que respondam a um trâmite normativo fiel ao espírito dos acordos para levar adiante a reforma política, a definição do plano marco de implementação e a reforma rural integral que vem sendo ameaçada por um projeto de lei de terras governamental que destroça o combinado em Havana. 

Exigimos ao Congresso e a toda a institucionalidade do Estado cingir-se estritamente ao determinado pela Corte Constitucional e não alterar mais, nem numa vírgula, o Acordo Final de Paz. Neste propósito não se deve dar nenhum espaço para que prospere a perfídia e a traição ao acordado.

Anunciamos que nosso candidato à presidência da República será Rodrigo Londoño Echeverry, Timochenko, quem estará acompanhado por Imelda Daza Cote como candidata à vice-presidência.

Apresentamos lista ao Senado da República. Seus primeiros escalões estarão integrados por Iván Márquez, Pablo Catatumbo, Carlos Antonio Lozada, Victoria Sandino, Sandra Ramírez e Benkos Biojó.

Apresentamos lista própria para a Câmara de Representantes com os seguintes nomes: Bogotá D.C., Byron Yepes; Antioquia, Olmedo Ruíz; Valle del Cauca, Marco León Calarcá; Atlántico, Jesús Santrich; Santander, Jairo Quintero. Nos demais estados apoiaremos candidatos e candidatas de convergência social e democrática, comprometidos programaticamente com a implementação dos acordos e das necessidades sociais e populares dos respectivos territórios.

Em todo caso, manifestamos nossa disposição de diálogo com todas as forças e movimentos políticos sociais pela composição de listas unitárias, sempre considerando a definição de propósitos programáticos comuns.

Conselho Patriótico Nacional

Força Alternativa Revolucionária do Comum

Tradução > Joaquim Lisboa Neto

 

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