Mais força à luta pela Paz

Mais força à luta pela Paz

As organizações europeias que integram o Conselho Mundial da Paz (CMP) assinalam o Dia Internacional da Paz com um apelo aos povos da Europa para que dêem mais força à luta contra o militarismo, as armas nucleares e as guerras de agressão imperialistas.

Na sequência da Assembleia Mundial da Paz, realizada em Novembro em São Luís do Maranhão (Brasil), as organizações-membro do CMP na Europa decidiram celebrar o Dia Internacional da Paz, instituído pelas Nações Unidas em 1981 e que hoje se assinala, com «iniciativas contra as armas nucleares e outras armas de destruição massiva, e contra as bases militares estrangeiras», revela o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) numa nota ontem emitida.

Neste 21 de Setembro, as organizações europeias que integram o CMP divulgam também o «Apelo aos povos da Europa - Dar mais força à luta pela paz!», no qual apresentam várias exigências, denúncias e propostas.

Exigem o fim de «todas as guerras de agressão imperialistas, a proibição de todas as armas nucleares e outras armas de destruição massiva», bem como «a abolição de todas as bases militares estrangeiras».

Denunciando «os objectivos e a acção militarista da NATO», exigem a sua dissolução e expressam o apoio à luta de cada povo em cada país-membro da Aliança Atlântica «para se retirar deste bloco político-militar».

Estas organizações instam ainda «todos os que sinceramente defendem a paz» a participarem nas iniciativas que evocam o Dia Internacional da Paz, «unindo-se em torno dos princípios proclamados na Carta das Nações Unidas, em defesa do direito de autodeterminação dos povos, do direito à soberania nacional e à independência, da não-ingerência nos assuntos internos dos estados».

Também em defesa «da resolução pacífica de conflitos internacionais, do fim de todas as formas de opressão nacional, do desarmamento geral e controlado, da cooperação entre povos e países por uma nova ordem mundial de paz, pela emancipação, pela justiça social e pelo progresso da humanidade».

«Agressividade crescente do imperialismo»

Estas exigências, denúncias e apelos surgem num quadro em que se assiste «à crescente agressividade global do imperialismo, à escalada do militarismo, ao aumento das despesas militares, à corrida por novas, mais sofisticadas e destrutivas armas, incluindo armas nucleares».

«Os EUA, a NATO, as grandes potências da UE e os seus aliados, na sua ambição pelo domínio mundial, são as maiores ameaças à paz e aos povos de todo o planeta» - sublinha o documento -, na medida em que promovem uma «contínua escalada de tensão, ameaças e medidas de isolamento político, económico, comercial e financeiro», visando garantir «o controlo geoestratégico de importantes regiões e sobre as principais fontes de matérias-primas», bem como «restringir ou destruir qualquer país considerado um obstáculo às suas pretensões hegemónicas».

«A morte, o sofrimento e a destruição entre milhões de seres humanos», em países como o Afeganistão, o Iraque, a Síria, o Iémene, a Ucrânia, assim como a «situação dramática de milhões de refugiados», são consequência directa da «ingerência e de operações violentas de desestabilização, guerras de agressão e ocupação contra países e seus povos - sempre apoiadas por amplas campanhas mediáticas de manipulação e falsificação», denunciam as organizações-membro do CMP.

No contexto desta escala militarista, as organizações defensoras da paz encaram com grande preocupação «a contínua e crescente tensão promovida pelos EUA, a NATO e a União Europeia (UE) contra a Federação Russa», e os passos que a UE está a dar na direcção de uma maior militarização, assumindo-se como «pilar europeu da NATO».

Criticando o modo como as Nações Unidas «são instrumentalizadas pelas forças imperialistas e os princípios da sua Carta fundadora são violados por resoluções e decisões cada vez mais arbitrárias e ambíguas», as organizações-membro do CMP não deixam de atribuir grande significado ao Tratado de Proibição das Armas Nucleares que ali foi aprovado a 7 de Julho último, por mais de 120 países, na medida em que reflecte a «aspiração dos povos, do movimento mundial pela paz e dos esforços dos estados não-nucleares» a um mundo livre de armas nucleares.

Foto: CGTP-IN

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