O papel de Hugo Chávez e a dimensão internacional da Revolução Bolivariana

"O que querem da Venezuela é o petróleo"

Fidel Castro

Beto Almeida

Educador infatigável, era uma das qualidades que o Comandante Fidel Castro destacava na rica personalidade de Hugo Chávez. O genial resgate de Simon Bolívar realizado por Chávez e sua paciente e sistemática construção de uma consciência bolivariana no seio das Forças Armadas, com todo o enorme risco que isto representou, foram duas ações históricas que, transmitidas organizadamente a todo o povo, representam hoje a principal ferramenta de estabilidade da Revolução Bolivariana, agredida e acossada, desde seu nascimento: a unidade cívico-militar.

Simon Bolívar, Libertador de vários países do jugo espanhol, possuía na Venezuela, antes de Chávez, uma imagem longínqua e inerte, tal como as classes dominantes que governaram até a eleição de Chávez, em 1998, queriam que ele fosse, uma estátua sem vida. A partir da educação dialética de Chávez, Bolívar, seu exemplo e seu pensamento, penetram amplamente na sociedade, atuando com uma tremenda politização para o enfrentamento dos problemas da atualidade. Chávez, de forma incansável e abnegada, educou gerações de militares, intelectuais, jovens, por meio de um resgate dialético de Bolívar, que renasce em sintonia com a aspiração do povo venezuelano por sua libertação daquele estado de opressão econômica, política e social.  Eis aí a originalidade e a criatividade do trabalho educador de Hugo Chávez. Buscou na História a imagem de um Libertador Anti-imperialista, morto em 1830, e em torno desta imagem, de seu ideário e de seu exemplo libertário, convocou o povo venezuelano para uma nova libertação, educando este povo no amor por sua história, seus heróis, mas não como atributos nostálgicos, e sim vivos, pulsantes, atualizados e como uma ferramenta para a unidade popular.

Internacionalismo

Com sua visão internacionalista, Hugo Chávez também trouxe para elaborar e atualizar o pensamento bolivariano os exemplos de outros libertadores, em diversas partes do mundo. Daí sua admiração Coronel Nasser, do Egito, fundador do pan-arabismo, cujo exemplo, por sua vez, inspirou em encorajou a Muamar Kadafi na formação do movimento que realizou a Revolução na Líbia. Thomas Sankara, coronel que liderou a Revolução em Burkina Fasso, também teve o seu exemplo valorizado e cuidadosamente estudado por Hugo Chávez, que chamava o líder africano como o "Guevara Negro". Além destes,  Chávez resgatou o exemplo de Sandino, FarabundoMarti, centro-americanos, bem como Cárdenas , no México, Omar Torrijos, no Panamá, Juan Domingos Perón, na Argentina, Getulio Vargas, no Brasil e , muito especialmente Juan Velasco Alvarado, no Peru, Líder da Revolução Inca. Todos estes líderes anti-imperialistas, que transformaram seus respectivos países, foram sempre estudados, valorizados e tiveram suas experiências sistematicamente difundidas nas incansáveis preleções políticas de Hugo Chávez, com vistas à formação de uma nova direção política capaz de assumir o desafio de transformar a Venezuela e integrar a América Latina e o Caribe.

Chávez, como representante de um movimento militar bolivariano e socialista, promove, com o seu próprio exemplo, uma reflexão e um amadurecimento em amplos segmentos da esquerda, que mesmo diante de fenômenos importantes como os citados acima, ainda relutavam em admitir a existência de correntes militares progressistas e revolucionárias, como as que gerou, por exemplo, a Revolução dos Cravos, o 25 de Abril em Portugal.

As ferramentas da integração

Mas, o papel histórico de Hugo Chávez vai muito mais além. Sobretudo, em face de uma determinação enérgica para levar adiante uma política anti-imperialista e inúmeras iniciativas para colocar em marcha um internacionalismo solidário bolivariano, logo consubstanciado na construção de inúmeros instrumentos para a integração dos povos. Pode-se citar, em outros, instrumentos como o Banco do Sul, a Petro-Caribe, a ALBA, a UNASUL, a CELAC  e o fortalecimento do Mercosul, com o ingresso da Venezuela. Devem ser citadas, ainda, iniciativas de cooperação financeira entre Venezuela e Rússia, com a China e também com o Irã, que possuem um alcance, em certos casos, mais abrangente que o de  um banco bilateral. A participação destes países em programas de industrialização na Pátria de Bolívar  -  que herdou uma desindustrialização programada pela "maldição do petróleo"   -   bem como realização de obras de infra-estrutura, a construção de moradias populares   em grande escala ou mesmo na ampliação, decisiva, da capacidade de defesa dos venezuelanos, com destaque para a fabricação e lançamento do satélite Simon Bolívar, em cooperação com os chineses.

Todas estas medidas indicam um pensamento solidamente amadurecido, dotado de visão estratégica e elaborado com audácia, mas também com senso de realismo e de tática. Tanto o Projeto Nacional Simon Bolívar, de 2007 a 2013, como o Plano da Pátria, de 2013-2019, apresentado como Segundo Plano de Desenvolvimento Econômico e Social da Nação.

A estratégia do Plano Pátria

O Plano Pátria, também apresentado como Legado e Testamento Político do Comandante Hugo Chávez, dá continuidade a programas elaborados a partir de 1996, como o Agenda Alternativa Bolivariana, que, por sua vez, dada seguimento ao Livro Azul, apresentado antes da Rebelião de 4 de Fevereiro de 1992, quando o Movimento Bolivariano, sob comando pessoal de Hugo Chávez, se lança a uma operação insurrecional  destinada a Convocar uma Assembleia Nacional Constituinte, a ser eleita pelo voto popular. Assim, nada mais impróprio e venenoso que tratar a heróica ação de 4 de Fevereiro como um golpe. Ao contrário, a partir dali, abriu-se nova etapa da história da Venezuela, pois a grande maioria dos venezuelanos compreendeu a audácia heroica de Hugo Chávez e seus comandados, nele reconhecendo, o líder popular com capacidade e decisão para dar a vida pelos direitos do povo venezuelano.  O 4 de Fevereiro é um divisor de águas na História da Venezuela.

A leitura de todos estes documentos, bem como dos discursos oficiais do Presidente Hugo Chávez na ONU, na Conferência da COP-15 em Copenhagen, revelam tremenda coerência e articulação políticas, demonstrando a existência de uma elaboração severa, disciplinada, consciente, que não pode ser produto de um arrebatamento ou inspiração momentâneas. Estes são grandes traços da personalidade de um líder revolucionário que se formou a si próprio graças a uma disciplina implacável no estudo, na elaboração, na leitura voraz de grandes obras revolucionárias e da cultural universal.

A TV como educador político

Um aspecto decisivo para todas as novas gerações de revolucionários e lutadores sociais é compreender como se construiu a direção chavista, a partir do exemplo do próprio comandante, transformando seu mandato presidencial em uma escola política de quadros a céu aberto. Cada Programa Televisivo "Alô Presidente" esteve sempre destinado a construir Pátria, construir consciência revolucionária, com escolha metódica de cada tema, com uma transparência que quebra a solenidade vazia dos atos de governo, convocando o povo, enamorando o povo da política transformadora, o que é muitíssimo importante, porque o povo venezuelano acumulou profundo desprezo pela política tal como praticada antes na Quarta República, uma verdadeira fraude à democracia.

Um país inundado de lívros

Para estimular uma educação política rebelde, organizada, coerente, Hugo Chávez tratou pela televisão, de forma simples e sem intelectualismos elitistas ou professorais, dos mais complexos temas que envolvem o destino histórico dos venezuelanos. Para isso, inundou a Venezuela de livros, ao tempo em que organizou a erradicação do analfabetismo tempo curto, como reconheceu a UNESCO, e, com o seu próprio exemplo, estimulava o povo ao amor pela leitura. Exemplo: lia vários trechos de Os Miseráveis, do genial Victor Hugo, nos programas de televisão e determinou a edição massiva desta obra quando revelou-se que os livros estavam esgotados nas livrarias, porque o povo chegou a se apaixonar por alguns dos personagens desta obra prima da literatura universal. Aí está o Chávez como educador infatigável, como destacava Fidel sobre a personalidade do bolivariano.  Para comemorar os 4 séculos da obra Don Quixote, Chávez orientou a edição de 1 milhão de exemplares, distribuídos, gratuitamente, em praças públicas de todo o país. A literatura brasileira também foi homenageada  pela Revolução Bolivariana, pois o livro Contos, de Machado de Assis, recebeu uma edição de 300 mil exemplares, sendo distribuído amplamente no país, edição de tamanho desconhecido pelo escritor brasileiro em sua própria pátria.

O resgate dialético de Bolívar

E para que todos sejam Bolívar, resgatou cantando a obra musical  de Ali Primera, cantor e compositor revolucionário, cujos versos inspiravam-se em sonhos do Libertador conversando com uma criança venezuelana, entre tantos. A preocupação de Chávez com a construção de um povo consciente e de uma direção política à sua altura, era para que não ocorresse mais , conforme confessou a Fidel Castro, o que ocorreu com Simon Bolivar, que , ao final de sua vida declarou: "Que pode um pobre homem contra  o mundo? Me pedem que me sacrifique. Por quê? Pela Pátria? A Pátria não existe, meus inimigos a tiraram de mim, já não tenho mais Pátria pela qual fazer qualquer sacrifício"

Pela profundidade do esforço heróico de Hugo Chávez, assumindo na alma a tarefa histórica de Bolívar, dialeticamente atualizada, à custa da própria vida, para a construção da Pátria e de uma direção revolucionária consciente e genuinamente bolivariana e internacionalista, pode-se medir a grandeza e a nobreza da herança recebida por Nicolás Maduro e sua equipe de governo. Primeiramente, que se reconheça a importante transição revolucionária de um dirigente revolucionário de origem militar, para um legítimo filho da classe operária venezuelana, como é o caso de Maduro. Chávez pavimentou a caminho para que a classe trabalhadora esteja no comando da Revolução Bolivariana. Um exemplo para o mundo.

Constituinte, o caminho para a paz

Hoje, a Venezuela está inscrita no mapa mundial das nações que assumem com dignidade o seu papel soberano no mundo, em busca da construção de um mundo cooperativo, solidário, sem imposições arrogantes, com respeito sagrado à autodeterminação dos povos, com solução de controvérsias pela via do diálogo e  a promoção da paz. Assim foi, durante o período que precedeu a sanguinária ocupação militar da OTAN à Líbia, quando Hugo Chávez, num trabalho incansável, sendo Nicolás Maduro o Chanceler, buscou todos os meios possíveis dentro do direito internacional para evitar a tragédia líbia, a destruição de um país que registrava o mais elevado IDH de toda a África, a morte de dezenas de milhares de inocentes, inclusive, a execução criminosa do seu líder Moamar Kadafi, que morreu ao lado de seu povo, quando tinha todas as condições para escapar. Chávez mobilizou tudo o que podia, ao Chanceler da Dignidade da América Latina, Padre Sandinista Miguel DEscotto, recentemente falecido; mobilizou ao ex-presidente Nelson Mandela, que conseguiu uma trégua de algumas horas naquele infernal bombardeio do vergonhoso Prêmio Nobel da Paz, Barack Obomba, para que fosse encontrada uma saída política para aquela crise, inclusive, preservando a vida de Kadafi para uma negociação internacional que evitasse a guerra. Mas, hoje, a Líbia é o próprio inferno, segue o roteiro arrogantemente imposto pelo imperialismo, em razão de ser um país rico em petróleo, atualmente alvo de rapina imperial. Como disse o presidente Maduro, "querem impor à Venezuela o roteiro da Líbia, mas não permitiremos".

A violência quer criar pretextos para intervenção externa

A Revolução Bolivariana não teve um único dia sem ataques, seja do imperialismo e sua mídia venal, seja da oligarquia nativa que jamais aceitou democraticamente as escolhas do povo venezuelano pela via do voto popular. Hoje, o império e a oligarquia nativa exibem ao mundo, uma vez mais, a prova de sua natureza fascista, violenta, terrorista,  com atos de vandalismo em determinadas cidades e bairros, que já causaram a morte de mais 80 compatriotas, alguns queimados vivos por membros da oposição de direita, pelo simples fato de serem apontados como chavistas e por terem o azar de atravessaram o caminho destas bandas terroristas. Certamente, para que estejam armados e disponíveis para atos de terror diários, queimando patrimônio público, hospitais, escolas e creches, postos de saúde. A quem interessa destruir instituições deste tipo, construídas com recursos públicos?  O que se pretende é criar uma onda de violência tal que , manipulada por uma mídia desonesta e fabricante de ódios e guerras, seja criado o pretexto para uma intervenção internacional na Venezuela, alegando-se objetivos "humanitários", tal como se fez na Líbia.

Esta é a razão da retirada da Venezuela da OEA (Organização dos Estados Americanos), instituição manipulada pelos EUA e pelos países que lhe são vassalos desde a sua origem. Ali se aprovaram medidas de sabotagem e agressão contra Cuba, contra a República Dominicana. E se retira com uma agenda propositiva, construtiva para os povos das Américas, contrastando com a agenda do império e de seus súditos que querem uma Venezuela recolonizada e submissa, o que é impossível.  Para tal, trama-se na OEA a fabricação de conflitos internos na Venezuela, uma clara ingerência externa.

Além disso, Venezuela é alvo hoje de uma guerra econômica implacável, construída do exterior, tal como foi o Paro Petroleiro, de dezembro de 2002, causando graves prejuízos ao PIB Nacional, e que foi derrotado graças à unidade cívico-militar, conduzida pelo Presidente Chávez, resultando numa total nacionalização da estatal PDVSA, alvo de sabotagens. A Guerra Econômica consiste em um desabastecimento de produtos de consumo diário da população, muito embora estes produtos existam, sua produção não foi reduzida, mas estão estocadas em depósitos dos grandes empresários, com vistas a criar mal-estar político, e, também provocar filas e altas descomunais em seus preços. O efeito direto desta ação é uma inflação induzida, já que a produção e distribuição de determinados produtos está concentrada em empresas que apóiam a oposição e a agenda de desestabilização e violência na Venezuela.

Guerra midiática internacional contra a Venezuela

Há também uma Guerra Midiática contra a Revolução Bolivariana, baseada  na amplificação dos enfrentamentos violentos, sem informar sobre quem os promove,  na exageração das dificuldades de abastecimento, sem informar como os produtos somem e sem informar das ações do Governo Maduro, com a participação das Forças Armadas, para garantir a distribuição de gêneros de primeira necessidade, a preços tabelados, para a população mais necessitada.  Chega-se a manipulações grosseiras contra a Venezuela, como o jornal holandês AD, que em um artigo intitulado  "Golpes de gás lacrimogêneo na Venezuela" , ilustrado com fotos de repressão a manifestações de rua na Hungria, como se fosse em Caracas. Eis aí o jornalismo do chamado "primeiro mundo". Também BBC tem sido repetitiva em uma linha editorial hostil e distorcida em relação à Venezuela.

Parte essencial da guerra midiática é não informar sobre as várias iniciativas do presidente Nicolás Maduro para promover o diálogo com a oposição, para convocar uma Assembléia Nacional Constituinte, para que o povo decida,  pelo voto popular, uma normalização da crise por meio de um entendimento nacional. Não se informa, por exemplo, das várias tentativas do Presidente Maduro de convocar a Igreja Católica Venezuelana para o diálogo, encontrando sempre a recusa do clero, muito embora o Papa Francisco tenha aceito receber prontamente o mandatário venezuelano, e, enviar um representante a Caracas para estimular a Igreja Local ao diálogo. Agora, O Papa convocou a alta hierarquia do clero venezuelano ao Vaticano, para pavimentar um caminho de diálogo e de paz para a Venezuela. Vale recordar, que a Igreja Católica Venezuelana , participou ativamente do Golpe de Estado contra Hugo Chávez em abril de 2002, e ainda não se auto-criticou por este erro gravíssimo. Mas, se o alço clero se recusa a dialogar pela paz, nas paróquias, ouve-se a voz do Padre Molina, que, contrariando a oposição conservadora que chama Maduro de ditador, pergunta:"Como pode ser acusado de ditador um presidente que  convoca a população para uma Constituinte para que a crise seja resolvida com o voto popular?"

Por que não há greve de trabalhadores contra Maduro?

É preciso ter claro que as manifestações de rua são legais e permitidas na Venezuela, o que não se deve permitir é a depredação de patrimônio público e ações que colocam em risco a vida dos cidadãos. Destaque-se que  embora o  direito de greve exista na Venezuela,  a oposição não consegue convocar os trabalhadores para uma greve geral, porque sabe que a grande maioria do povo venezuelano apóia os esforços de Maduro para um dialogo pela paz, para normalizar o abastecimento e para uma Assembléia Constituinte com ampla representação dos mais importantes segmentos da sociedade, inclusive os empresários . Por que não ha greves de trabalhadores na Venezuela, mas apenas manifestações  violentas nos bairros ricos, comandadas por vândalos armados, muitos deles financiados por ONGs dos EUA , país que se auto-intitula campeão de democracia e decretou, arbitrariamente, sem provas, sem razão, inacreditavelmente, que "a Venezuela é um risco"  para o país mais poderoso do mundo.  É tática costumeira do fascismo: acusa para justificar agressões futuras;

Lamentável que o Brasil esteja deixando de agir com o protagonismo que já teve para pavimentar uma saída pacífica, fundada numa negociação sem imposições, respeitando-se os legítimos direitos de auto-determinação da Venezuela Bolivariana, rejeitando toda e qualquer ação de ingerência externa que viole a soberania da Pátria de Bolívar. O Brasil está se apequenando, agindo como vassalo dos interesses dos EUA, quando deveria articular um conjunto de nações soberanas para impedir que a Venezuela e a América Latina sejam alvos de mais um intervenção ianque, entre tantas que ocupam as páginas tristes da história da região.

Neste momento, deve ser levantada bem alta a bandeira da solidariedade ao governo e ao povo da Venezuela, alvo de uma agressão sistemática, ilegal, injustificável e criminosa. Que os partidos políticos, as centrais de trabalhadores do Brasil, os estudantes, a igreja popular sintonizada a digna conduta do Papa Francisco, os intelectuais e artistas, emitam ao mundo um enérgico chamado para seja respeitada a soberania da Venezuela, ameaçada, entre outras ações, pela anunciada manobra militar conjunta com militares dos EUA em território da Amazônia Brasileira, o que constitui uma clara intimidação à nação bolivariana. Não há dúvida que se a Venezuela sofrer uma intervenção externa, como planeja Washington,  o Brasil, bem como qualquer outro país possuidor de riquezas energéticas, também passa a ser um alvo prioritário. Afinal, como afirmou o Comandante Fidel Castro "O que querem da Venezuela é o petróleo". E isto o Brasil também possui em grande quantidade, além do nióbio, da biodiversidade, do território da água doce....

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