Deputado venezuelano denuncia que oposição utiliza 'ações terroristas'

Deputado venezuelano denuncia que oposição utiliza 'ações terroristas'

O deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, um dos principais políticos do país, denunciou que a oposição ao governo pratica terrorismo nas manifestações contra o presidente Nicolás Maduro.

Eduardo Vasco, Pravda.Ru

"[Alguns opositores] não são guarimbeiros, são terroristas, as táticas violentas usadas por alguns setores opositores devem ser rechaçadas por todo o país", escreveu Cabello nesta segunda-feira (10) em sua conta no Twitter.

Ele se refere às táticas utilizadas nos protestos opositores desde 2014, conhecidas como "guarimbas". Trata-se de métodos violentos para chamar a atenção da comunidade internacional para sua causa, a queda do governo.

Nas "guarimbas", manifestantes opositores, geralmente ligados à MUD (Mesa de Unidade Democrática), coalizão opositora, queimam pneus e lixo nas ruas, fecham vias e colocam arames farpados atravessando as passagens. Esse método foi muito utilizado nas manifestações antigovernamentais de 2014, fazendo com que motociclistas fossem pegos de surpresa e muitos acabaram morrendo com o pescoço cortado pelo arame farpado.

Também fazem parte das táticas em protestos opositores os ataques a prédios públicos, contingentes policiais e militantes chavistas. Em 2014, 43 pessoas foram assassinadas, entre elas funcionários da segurança pública, simpatizantes do governo e pessoas comuns que tiveram o azar de cruzar com as "guarimbas".

Além disso, armas brancas como facas e mesmo armas de fogo foram utilizadas por manifestantes e por franco-atiradores. Mais tarde foi comprovado que muitos deles tinham ligações com políticos da oposição e com governos estrangeiros, como o da Colômbia.

Mais uma vez esses métodos são empregados, desde o final de março, com novas manifestações violentas por parte da oposição. Nos protestos recentes, manifestantes provocaram policiais e roubaram seus equipamentos, incendiaram e depredaram o prédio do Tribunal Supremo de Justiça em Chacao, fizeram o mesmo com instalações públicas em Barquisimeto e outras cidades e atacaram jornalistas.

Na última segunda-feira, mesmo dia do quinto protesto de rua contra Maduro em poucas semanas, um grupo destruiu parcialmente 11 linhas do metrô de Caracas.

"Basta de impunidade, essa oposição que usa a violência e o terrorismo para se impor sobre a maioria que quer a Paz deve enfrentar a lei", declarou também Cabello.

 

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