Estados Unidos da América deixa 3 000 crianças sem casa na Somália

Vários orfanatos vão ser esforçados a fechar as portas nos próximos dias devido à falta de financiamento, resultando em pelo menos três mil crianças serem abandonados nas ruas. A razão: porque a entidade que financiava os orfanatos, a agência de apoio Al-Haramayn, da Arábia Saudita, foi proibido de trabalhar na Somália pelos Estados Unidos da América.

Invocando razões de terrorismo internacional, Washington esforçou a agência de cessar suas actividades na Somália, sem ter em conta as consequências. A agéncia fechou em Maio de 2003, deixando dinheiro suficiente para os orfanatos continuarem a funcionar por algum tempo mas agora o dinheiro chegou ao fim.

A agência IRIN citou trabalhadores nos orfanatos que disseram que tentaram esticar o dinheiro ao máximo mas que agora “chegou-se ao fim do caminho”.

A agência de apoio Al-Haramayn trabalhava em Somália desde 1992, financiando oito orfanatos para crianças entre 6 e 13 anos de idade, cinco em Mogadishu e três em Marka, Burao e Hargeysa. A maioria das crianças tinha perdido um ou ambos os pais em guerra.

Algumas mães solteiras estão preocupadas. Não ganham dinheiro suficiente para cuidarem dos seus filhos e temem que estes se tornam crianças da rua, fora da disciplina da escola. Além de disciplina e uma educação, os orfanatos provenciaram um lar, sendo internatos.

Esta, mais uma decisão arbitrária dos Estados Unidos da América, irá afectar as crianças mais pobres, que não têm qualquer hipótese de enfrentarem o futuro, senão numa instituição como as sustentadas por A-Haramayn.

A UNICEF está a estudar a situação, esperando que um dador aparece antes que seja tarde demais.

Giselle GUEDES PRAVDA.Ru ÁFRICA

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