Nenhum avanço da Autoridade Palestina para conter os atentados terroristas contra Israel foi realizado. Já Israel, continua com a política de ocupação e de assentamentos judaicos. As incursões israelenses nos territórios ocupados é um sério problema que está longe de ser solucionado.
A última violenta incursão aconteceu no mês de outubro, dia 14, em Rafah, sul da Faixa de Gaza. Foram demolidas 114 casas de famílias palestinas, e 2.000 mil pessoas ficaram desabrigadas. Segundo Ariel Sharon, o objetivo da incursão era para descobrir armamentos escondidos em túneis nas casas de militantes dos grupos radicais palestinos.Porém, nada foi encontrado.
A política linha dura de Ariel Sharon é um obstáculo para as negociações de paz com a Autoridade Palestina. Sharon insiste que não deve fazer nenhuma concessão a AP, enquanto não conter o radicalismo do Hamas e Jihad Islâmico. A AP não aceitou punir os radicais, insistindo no dialogo. O primeiro ministro de Israel ataca os militantes da palestina com ataques cirúrgicos e com incursões. Sharon justifica os ataques como defesa, e reitera que se a AP não combate os terroristas, ele, Sharon, combate o terror
Essa atitude de Israel foi uma das principais causas para a renuncia do ex- primeiro ministro da AP, Mahmoud Abbas. O moderado Abbas enfrentou pressões externas de Israel e EUA, e internas; do Líder palestino Yasser Arafat e do Hamas e Jihad Islâmico. Ao entrar em divergências com todos, Abbas não teve opção e renunciou o cargo. Yasser Arafat indicou para o lugar de Abbas, Ahmed Korei, um dos articuladores do plano de paz em Oslo, em 1993.
O mapa da estrada sofria com a renuncia de Mahmoud Abbas, um forte revés. Os EUA se posicionaram contra a renuncia de Abbas, para não prejudicar o plano de paz. Porém, a credibilidade do plano mediado pelos EUA para Israel e Palestina foi afetado.
No entanto, a construção do muro israelense ocupando territórios palestinos, que se concretizado vai isolar vilas palestinas na Cisjordânia, é outra questão polêmica que o mapa da estrada está enfrentando.
Portanto, não há um plano de paz, muito se fala no mapa da estrada, mas até agora nenhum avanço significativo para conter a violência na região foi acertado. O sofrimento de israelenses e palestinos está sem solução. Ariel Sharon continua a justificar as incursões violentas nos territórios ocupados para combater os terroristas e se defender. Já a AP, não consegue estabelecer uma política séria para negociar com Israel, sendo refém das divergências com os grupos radicais e a OLP.
O Partido Trabalhista israelense está convencido que o mapa da estrada não trouxe soluções para a região dos conflitos. À esquerda de Israel junto com algumas personalidades da Palestina resolveram elaborar um plano alternativo para estabelecer a paz na região. O plano de paz de Genebra, do qual figuras expressivas da política mundial manifestaram apoio, como: o ex-presidente americano Jimi Carter e até Nelson Mandela.
Ariel Sharon condenou a esquerda de Israel pela iniciativa de negociar um outro plano de paz que não seja o mapa da estrada. Sharon, ainda classificou a esquerda como infantil e de desprestigiar seu governo. Apesar do protesto de Sharon, o premie se encontra cada vez mais isolado, dentro do seu próprio governo e agora pelo presidente dos EUA, George Bush, que afirmou que vai retaliar financeiramente Israel, caso continue com a construção do muro israelense.
A iniciativa da esquerda israelense de elaborar juntamente com os palestinos o o plano de paz de Genebra que será lançado no dia 1de dezembro de 2003. Culmina com o total fracasso do mapa da estrada e o descrédito do governo de Sharon e George Bush.
Michele MATOS PRAVDA.Ru BRASIL
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