O representante da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no Brasil, Arion Sayão Romita, defendeu nesta segunda-feira a reforma da legislação trabalhista para fortalecer a organização sindical no país. Precisamos de uma reforma porque o Brasil não é mais o país essencialmente agrícola que assistiu à organização das primeiras leis do trabalho. As normas que regulam o ordenamento sindical e trabalhista de hoje devem ser reformadas e transformadas, disse.
Romita participou do Seminário Internacional sobre Legislação do Trabalho e Organização Sindical, promovido pela comissão especial da Câmara que analisa a reforma trabalhista. Para o representante da OIT, o Brasil vive uma situação de paradoxo. Ao mesmo tempo em que se tem o direito democrático à livre reunião de pessoas, o Brasil não vive uma liberdade sindical plena. É preciso eliminar a obrigatoriedade de unicidade sindical, a contribuição compulsória e a sindicalização por categoria. São resquícios autoritários e corporativistas, afirmou.
O evento, que termina nesta terça-feira, é presidido pelo deputado Vicentinho (PT-SP). Além da organização sindical, serão pauta de discussão o direito processual do trabalho, as novas formas de relações de trabalho e a geração de emprego e renda. Os palestrantes são especialistas da África do Sul, Argentina, Canadá, Espanha, Itália e Estados Unidos.
Partido dos Trabalhadores
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter