Há muito a política brasileira sofre de mal terrível: não tem líderes de expressão.
Este mal fez com que assumissem o poder Sarney, Collor, Lula e Dilma. Fernando Henrique é caso à parte, pois sob sua direção nasceu o Plano Real, executado com maestria pelos economistas matemáticos Pérsio Arida e André Lara Resende, entre outros. Terminou com inflação que vinha desde a criação da República.
No entanto, políticos como Ulisses Guimarães e Leonel Brizola, para citar apenas dois exemplos, desapareceram por completo do cenário político brasileiro. Morreram sem deixar sucessores. Pode-se afirmar com tranquilidade que estamos sem líderes honestos e determinados, como os mencionados. Este fato não só permite a entrada de incapazes, que são inúmeros, como nos deixa sem reservas.
Os petistas apoderaram-se do mando e não pretendem abandonar o mesmo. Não se entende o fato. Sob o governo Lula foram cometidas as mais diversas falcatruas, políticas ou não. Desonesto aos extremos, conseguiu escapar da lei, como tantos outros que temos conhecimento. Os menos precavidos confundem a sua esperteza com inteligência, predicados absolutamente distintos. Atualmente estamos sob o governo Dilma, nem inteligente e muito menos esperta. Guia-se pelo que manda a direção do partido, embora faça questão absoluta de negar tal fato.
O atual governo também não é sério. Prova é a construção de inúmeros estádios que servirão para campos de jogos de futebol, na Copa que se aproxima. Orçados inicialmente por preço determinado, ao longo das construções tiveram seu preço dobrado ou triplicado. A razão nunca se sabe, mas empreendimentos particulares não têm esta distorção, sob pena de perderem seu financiamento.
O mundo encontra-se em situação indefinida. Política, social e financeiramente. Os atuais líderes internacionais, além de competentes, têm equipes capazes de entender a situação do momento, podendo dar-se como exemplo Obama, Putin e Angela Merkel. Aqui, prima-se pelo amadorismo.
A falta de pulso firme e conhecimento do mais além do horizonte político, que Ulisses, Brizola, e Darcy Ribeiro possuíam está sendo cada vez mais sentida, diante de tanta mediocridade, oportunismo e rapinagem que vemos nos dias atuais.
Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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