O documento se chama “Consenso de Buenos Aires”, em seguimento ao “Consenso de Washington” que provocou políticas pro-mercado na América latina e na Europa Oriental nos anos 90.
Numa tentativa de responder a aqueles que dizem que traiu a causa esquerdista, Presidente Lula constituiu om bloco comercial sul-americano, assinando o documento chamado “Consenso de Buenos Aires” com o Presidente argentino, Nestor Kirchner. Entre os 22 pontos no Consenso, se declara que nem o Brasil nem a Argentina cumprirão com as suas obrigações com instituições de crédito internacionais se isso leva ao empobrecimento das suas populações ou bloqueia o crescimento económico.
O título do documento não foi por acaso, seguindo em oposição ao Consenso de Washington assinado em 1989, que levou à implementação de políticas pro-mercado na região. Tais políticas aumentaram a pobreza na América Latina e endividaram ainda mais as economias.
Lula passa dois dias na Argentina juntamente com uma comitiva de ministros, juristas e empresários, para levar o projeto Mercosul para a frente, implementando um bloco comercial que inclui Uruguai, Paraguai,, Argentina e Brasil e Chile, Bolívia e Perú como membros associados. O presidente do Brasil apelou pela criação urgente dum parlamento que representa o Mercosul. Lula e Kirchner discutiram maneiras de melhorar as relações bilaterais e conseguir uma maior integração económica entre os países da América Latina.
Lula exprimiu seu interesse em alargar Mercosdul a mais países na América do Sul e criar um parlamento continental, parecido ao da União Europeia. “Queremos isso (parlamento) como instrumento oficial...para o desenvolvimento do bloco”, disse o presidente brasileiro.
O Brasil quer juntar o maior número possível de países ao bloco para ganhar mais peso em negociações com a Organização Mundial do Comércio e uma integração hemisférica mais rentavel na ALCA. Países menos desenvolvidos têm estado a tentar eliminar os subsídios no setor da agricultura para que os seus produtos, normalmente mais competitivos, possam ganhar acesso livre aos maiores mercados, nos EUA e na União Europeia.
Lula disse também que o Brasil e a Argentina, bem como Mercosul, precisam de desempenhar um papel em encontrar soluções pacíficas aos conflitos que ameaçam a segurança dos países da América Latina, fazendo assim referência à onda de violência na Bolívia. “Precisamos de assumir a responsabilidade de criar o Mercosul e de agir como nunca antes agimos”.
Por sua vez, Nestor Kirchner afirmou que o Mercosul tem de encontrar uma posição comum nos eventos internacionais e “fortalecer a aliança estratégica, fazer de Mercosul um espaço económico, político e cultural”. Ambos os países chegaram a um acordo sobre a proposta para restruturar o Conselho de Segurança da ONU, onde o Brasil procura um lugar permanente, juntamente com a Federação Russa,República popular da China, França, o Reino Unido e os Estados Unidos da América.
Traduzido por Natália KISHEVA Hernan ETCHALECO PRAVDA.Ru BUENOS AIRES ARGENTINA
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