Essa semana, Israel realizou uma incursão violenta em Rafah, sul da Faixa de Gaza. Os soldados do exército israelense demoliram casas, atiraram em civis, mataram oito pessoas. Parece que a vila de refugiados de Rafah enfrentou um terremoto. Órgãos Internacionais informaram que cerca de 2.000 palestinos estão desabrigados.
O que levou Israel a fazer isso? Segundo Ariel Sharon havia fortes indícios que os palestinos escondiam armas via túneis secretos. Israel terminou a ofensiva em Rafah, sem achar uma arma sequer.
Enquanto isso, a Autoridade Palestina está enfraquecida com as constantes divergências entre o líder Yasser Arafat e as facções palestinas. Essa situação favorece os grupos extremistas palestinos, Hamas e Jihad Islâmico, que eventualmente vai responder à incursão israelense em Rafah.
A política de Ariel Sharon só produz ódio e vingança. Foi comprovado que atacar militantes palestinos, demolir casas e continuar com as incursões, só agrava o terrorismo.
Ariel Sharon, com as incursões nos territórios ocupados não pretende apenas caçar terroristas, mas sim continuar a expandir o seu território com a limpeza étnica da população palestina. Com isso, o governo israelense promove o domínio na região com a permanência da política de assentamentos judaicos.
Existe milhares de refugiados estabelecidos em países árabes vizinhos; como Jordânia, Síria e Líbano.
Muitos palestinos resolvem deixar sua terra por assistirem sua pátria e seu povo serem exterminados por Israel. Mas nem por isso, os palestinos abandonam a luta pela criação de Estado Árabe. O certo é que essa possibilidade está cada vez mais inviável.
Desde sua fundação, Israel sempre usou as incursões para expulsar a população palestina e assim ao invés de dois Estados soberanos na Palestina - Estado Judeu e Estado árabe - há apenas um: Israel. O mundo assistiu a soberania da força israelense apoiada pelos EUA contra o povo árabe, há 55 anos. Também já vimos quatro guerras, massacres de milhares de palestinos, intifadas e descaso da ONU.
Todos se lembram dos famosos campos de concentração na Polônia, do nazismo, das mortes, das torturas sofridas pelos judeus, pelo regime alemão. Mas o mundo se esqueceu de Sabra e Chatila, do sionismo,das incursões israelenses, do povo palestino sem pátria. A ironia é que hoje os palestinos podem se comparar exatamente o Israel de Sharon no nazismo, sem nada de diferente. Apenas esquecidos pela comunidade internacional. Vamos assistir a limpeza étnica de um povo em pleno século XXI, pelos israelenses. Impávidos e serenos. Michele MATOS PRAVDA. Ru SÃO PAULO BRASIL
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