Jovem Elgarhi Nayem, morto a tiro pelo exército marroquino, foi levado a enterrar pelas autoridades de ocupação sem conhecimento da sua família
A nova ministra espanhola dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Trinidad Jiménez, pediu ontem às autoridades marroquinas para manterem os contactos com os dirigentes do acampamento de protesto de Gdaym Izik, a poucos quilómetros de El Aaiún, a fim de evitar uma vaga de violência.
A chefe da diplomacia espanhola afirmou que "Espanha lamenta" o assassinato de Elgarhi Nayem, de 14 anos de idade, abatido no domingo passado pelo exército marroquino perto do Acampamento da Independência.
O Ministério dos Territórios Ocupados e das Comunidades no Estrangeiro da República Árabe Saharaui Democrática (RASD), proclamada pela Frente Polisario, denunciou ontem em comunicado que Elgarhi Nayam foi enterrado sem o consentimento da sua própria família.
Refere o comunicado do ministério que o governo marroquino pretendeu "com esta artimanha cruel" evitar "um enterro participado que pudesse provocar novas manifestações por parte do saharauis".
O Ministério dos Territórios Ocupados e das Comunidades no Estrangeiro da RASD refere que pai do falecido Nayam Elgarhi, foi conduzido durante umas horas para fora de sua casa para ser informado pela Polícia marroquina de que o seu filho tinha já sido enterrado. O pai do adolescente regressou a casa em estado de choque e relatou à sua família que já não podiam ver o corpo do seu filho. (SPS)
Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental
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