A bancada feminina no Congresso Nacional comemorou a anulação da execução da nigeriana Amina Lawall, que em Março de 2002 foi condenada а morte por ter mantido relações sexuais e tido um filho sem estar casada. O caso provocou reacções de entidades de direitos humanos em todo o mundo e se tornou um símbolo da luta pelo fim da violência contra as mulheres.
Para a deputada Selma Schons (PT-PR), que encabeça uma moção de repúdio enviada na última quarta-feira а Embaixada da Nigéria, a vitória й de toda a humanidade e daqueles que se mobilizaram contra a absurda sentença.
A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) ressaltou a posição do governo brasileiro, que inclusive ofereceu asilo а nigeriana. Iara Bernardi (PT-SP), coordenadora da bancada feminina, disse que há cerca de um mês, em audiência no Itamaraty, as parlamentares foram informadas da iniciativa brasileira.
Se essa sentença não fosse revista, a Nigéria iria ficar em uma situação bastante contraditória, pois é uma das signatárias da convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher (Cedaw), da ONU, lembrou a parlamentar.
Amina, de 31 anos, foi condenada por um tribunal do norte da Nigéria a ser apedrejada até a morte sob acusação de adultério definida pela sharia, a lei islâmica aplicada em 12 Estados no norte do país, onde os muçulmanos são maioria. A sentença seria cumprida em Janeiro de 2004, depois do segundo aniversário da filha de Amina, Wasila, que nasceu dez meses depois do divórcio da nigeriana.
Nesta quinta-feira, um painel de cinco juízes absolveu Amina por entender que "nгo foi dada а ré uma ampla oportunidade de defender-se". Amina estava com três meses de gravidez quando a sharia começou a ser aplicada em seu Estado.
A Pravda.Ru lançou uma campanha de sensibilização da opinião pública mundial na altura em que Amina foi presa. A justiça foi feita.
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