Fascínio pelo poder

O poder tem mesmo fascínio. Um fato normal; anormal é quem não se dá conta disso, no jogo democrático.

Líder sindical expressivo nos anos de chumbo, o que já implicava em poder sobre os metalúrgicos, Lula tanto fez que acabou se tornando presidente da República.

Despreparado, entregou o governo nas mãos de vários homens ditos capazes e que hoje se andam as voltas com a justiça. O escândalo do mensalão colocava os líderes em cheque. Acabou-se a credibilidade num partido que se arrogava no mais sério, competente e honesto.

É muito difícil dirigir uma nação. O governo Itamar preocupou-se com a inflação. Até o segundo mandato de Fernando Henrique, não se pensava em outra coisa. E surge no cenário, como presidente eleito, o senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Oito anos no poder, com a inflação completamente sob controle, e poucos quilômetros de linha férrea, falta de saneamento e todos estes problemas que o povo já cansou de escutar, e eu de escrever, mas sou obrigado a repetir que não se entra num banco despreocupado, o hospital pode deixar você morrer no corredor, e o estudante mé dio brasileiro é o pior do mundo em matemática. Basta.

Agora, a luta para tomar conta do país em definitivo, o principado do Brasil, continuar não fazendo absolutamente nada, governo de burocratas e outros cujo nome não deve ser mencionado, e os súditos passarem por processos como censura, disputas internas armadas e absoluto descontrole da ordem instituída.

Pior, muitíssimo pior. Em nome desta ganância de poder, surge o risco da guerra civil.

São uns irresponsáveis.

Jorge Cortás Sader Filho é escritor

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