Os saharauis residentes em Goulimine, no sul de Marrocos, Hacene Heirech, Hamza Chiahou, Aziz Boukine, Fadel Benyahou, Nouredine Taher, Yahdih Chokradi, Fak Allah Mohamed Taki, Djamel Souakh e Abdallah Houari, foram condenados a penas entre um e três anos de prisão efectiva. Entre os condenados encontra-se um menor de idade. Motivo real da acusação: reivindicarem a autodeterminação do povo saharaui.
O tribunal de primeira instância de Goulimine, no sul de Marrocos, pronunciou sentenças que vão de um a três anos de prisão efectiva contra nove presos políticos saharauis, segundo fontes do Ministérios dos Territórios Ocupados do Governo da RASD e da comunidade saharaui ali residente.
Um menor de idade figura entre os nove presos. O processo teve por base de acusação incidentes na cidade de Assa (sul de Marrocos), em finais de Novembro último e a vaga de manifestações contra detenções de militantes da intifada pela independência.
Na sua argumentação, a defesa dos presos saharauis pôs em evidência as irregularidades relacionadas com os processos verbais produzidos pela polícia judiciária e a gendarmeria marroquina da cidade de Assa.
Os presos negaram os factos de que são acusados argumentando que a sua detenção tem a ver com a sua posição política face à causa saharaui, a sua participação numa manifestação pacífica de solidariedade com a militante saharaui Aminetu Haidar e com os presos de opinião saharauis nos cárceres marroquinos e a sua reivindicação de autodeterminação do povo saharaui.
O ministério dos Territórios ocupados da República Saharaui (RASD) qualificou de "severas e injustas" as penas de prisão e as coimas pecuniárias decretadas pela tribunal de Primeira Instância contra Hacene Heirech, Hamza Chiahou, Aziz Boukine, Fadel Benyahou, Nouredine Taher, Yahdih Chokradi, Fak Allah Mohamed Taki, Djamel Souakh e Abdallah Houari.
O processo político, que se realizou no próprio dia em que se comemorava a jornada mundial dos Direitos Humanos, decorreu sob vigilância serrada dos serviços de informação marroquinos, tanto no interior como no exterior da sala de audiência, à qual não foi permitida a entrada a muitos militantes dos direitos do homem e muitos cidadãos, acrescentou a mesma fonte.
Associação de Amizade Portugal Saharaui
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