Hondurenhos se concentram a 200 metros da Casa Presidencial

O movimento popular hondurenho se encontra concentrado a 200 metros da Casa Presidencial e as pessoas estão doando dinheiro para os funerais dos quatro assassinados ontem na manifestação multitudinária em frente ao aeroporto Internacional de Toncontín, em Tegucigalpa.

A concentração na Casa Presidencial é o resultado de uma marcha que começou na Universidade Nacional Pedagógica Francisco Morazán e que logo se deslocou para a Praça Morazán, informou o correspondente de ABN em Tegucigalpa.

Apesar da repressão brutal ativada pelo governo de fato, os hondurenhos continuarão nas ruas resistindo e manifestando-se contra os golpistas, sustentou nesta segunda-feira Juan Barahona, integrante da Vía Camponesa centro-americana.

Em contato com Venezuelana de Televisão, Barahona assinalou: "Nós queremos que os golpistas deixem o poder, que sejam expulsos de maneira imediata para que se acabe com tanta repressão brutal".

Apesar das pessoas falecidas e feridas no domingo passado, por parte das forças armadas golpistas, enquanto o presidente constitucional, Manuel Zelaya, tentava ingressar em Honduras, Barahona garantiu que o povo não se paralizará ante essas ações criminosas.

Destacou Barahona que não permitir a aterrissagem do avião em que se encontrava Zelaya foi um desrespeito â Organização das Nações Unidas (ONU), à Organização dos Estados Americanos (OEA) e aos outros presidentes que o acompanhavam.

"Os golpistas não respeitam nada. Para nós é válida a presença dos capacetes azuis (forças da ONU) para que se freie a repressão contra o povo", agregou.

Barahona expressou que os que usurparam o poder em Honduras são uns assassinos, uns golpistas sanguinários.

No domingo, enquanto o avião em que chegaria Zelaya intentava aterrissar no aeroporto de Tegucigalpa, as forças militares e policiais a serviço do governo ilegal dispararam contra o povo e reprimiram a manifestação pacífica, que se encontrava no lugar, com gases lacrimogêneos.

Durante essa brutal repressão, faleceram quatro cidadãos hondurenhos com tiros na cabeça, e um deles é menor de idade (16 anos), ademais do registro de centenas de feridos.

Por esse banho de sangue, são responsabilidos as Forças Armadas e o cardeal Oscar Rodríguez.

Enquanto se produzia a repressão militar ao povo, que se encontrava no lugar de maneira pacífica e sem armas, o governo de fato ativou uma cadeia nacional de rádio e televisão, repetindo informação que já haviam difundido, a fim de censurar a repressão contra os hondurenhos.

Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias

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