SHARON COMEÇA A DESMANTELAR COLÔNIAS JUDAICAS DESPOVOADAS

Os soldados israelenses pediram para os líderes dos colonos uma saída voluntária, uma vez que os mesmos disseram que iriam recorrer à luta armada, caso fossem removidos. Ontem o dirigente dos colonos declarou que vai evitar confrontos com os soldados israelenses, mas para 1 posto desmantelado fundarão no seu lugar 10 outros novos postos. O desmantelamento das colônias judaicas é a primeira medida israelense para a primeira fase do "mapa da estrada" . A remoção de colônias, a suspensão de ataques militares em áreas cívis palestinas, a libertação de prisioneiros, consistem nas obrigações israelenses para atender as exigências do acordo de paz para dar um fim nos conflitos na região. Segundo a Autoridade Palestina, a medida israelense de remover postos desabitados foi classificado como um "ato para enganar palestinos e sabotar o plano de paz ". No ataque terrorista em um posto militar israelense, Erez, três radicais palestinos do Hamas, Jihad Islâmica, e a brigada de mártires Al Aqsa reivindicaram a autoria do atentado, o que foi suficiente para as tropas a mando de Ariel Sharon, continuar com a política de destruir casas de famílias palestinas com blindados e matar civis, sob a alegação de matar os terroristas responsáveis. Ontem mesmo em retaliação ao atentado em Erez, Israel fez um ataque militar com mísseis em Gaza, tentando matar o segundo membro mais importante do Hamas, o pediatra Abdel Aziz Al Rantissi de 55 anos. No ataque morreram 3 pessoas, um militante do Hamas, uma mulher e sua filha. Os países árabes condenaram o ataque israelense e esperam que o país cumpra suas obrigações com o mapa da estrada. Depois de uma semana do encontro na Jordânia, Palestinos e Israelenses enfrentam o primeiro revés do acordo de paz, com ataques de palestinos e retaliações israelenses prejudicando ambos os lados. O que tudo indica o "mapa da estrada" tem uma forte inclinação ao fracasso, as razões são velhas conhecidas, e bem evidentes; Israel não aceita remover todas as colônias em território ocupado na Palestina, enquanto não houver uma atitude firme de Israel, o Hamas, Jihad Islâmica, e os mártires da Al Aqsa sempre lutarão por esta causa: INDEPENDÊNCIA PALESTINA. O primeiro ministro da AP Mahmud Abbas, declarou que não usará a força para conter os radicais islâmicos, as negociações serão feitas através de diálogos para um objetivo comum. Na verdade Mahmud Abbas está entre as pressões dos palestinos, que encaram as resoluções do mapa da estrada desfavoráveis para a Palestina, devido à fraca posição de Abbas no encontro realizado em Acaba, Jordânia. De outro lado Abbas comprometeu-se com o "mapa da estrada", porque sabe que esta é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, principalmente depois da segunda intifada palestina, reprimida brutalmente pelas tropas de Israel, e a política feroz de Ariel Sharon, que este ano viu as suas forças militares matarem a pacifista norte americana Rachel Corrie de 23 anos, quando esta se prostrou na frente dos blindados israelenses para evitar que derrubassem as casas de palestinos. O tanque passou por cima de Rachel e depois o blindado deu ré, esmagando o seu corpo . Ariel Sharon, disse que iria investigar a morte "brutal" de Rachel, mas até agora nada foi esclarecido. Rachel era um ativista americana, sua morte causou uma estrondosa repercussão na média. Porém, mesmo com a morte da pacifista, Israel continua a matar crianças, bebês, mulheres, idosos, só que esses são palestinos que morrem todos os dias, inocentes como Rachel….para não falar do roubo de recursos de direitos legítimos da Palestina, como a água. Os confrontos se agravaram nesses últimos anos, mais da metade da população palestina vive na pobreza, some a isto os fortes ataques de Israel a uma terra que nem Estado Soberano possui. Embora o "mapa da estrada" não atenda todas as reivindicações Palestinas e Israelenses, o plano tem apoio da Rússia, EU, ONU e EUA. Talvez, o plano está mais nas mãos da AP do que de Israel, Abbas sabe que se o plano falhar quem perde é a Palestina, por ser uma nação pobre e não contar com apoio dos líderes mundiais. Michele Matos PRAVDA Ru BRASIL

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