A violação do Iraque

Segue à chacina dos civis iraquianos, perpetrado pela aliança anglo-saxónica dos EUA/Reino Unido (onde ficou evidente que para os regimes de Bush e Blair, nem a vida humana nem a lei internacional merecem qualquer respeito) um exercito de ladrões, uma excória que viola as riquezas arqueológicas do Iraque.

Vasos, tabletes com escrita cuneiforme, estátuas, moedas e urnas, alguns com entre três e quatro mil anos de idade, estão a ser pilhados por centenas de criminosos, alguns providos de armas automáticas, que ninguém pode, or quer, impedir.

Onde estão as tropas norte-americanas? Cabe às forças invasores perante a lei internacional e perante a Convenção de Genebra, garantir a manutenção da órdem pública no país invadido. Mais uma violação da lei internacional pelos EUA.

No Iraque há 10,000 sítios arqueológicos registados, entre os quais este bando de gatunos escolheu como alvos a cidade aramaica de Isin (1,900 AC), a cidade suméria de Uruk e as cidades antigas de Larsa e Fara, no crescente fértil.

Não é só nos sítios de excavações arqueológicos que os recursos do Iraque estão a ser saqueados. Um relatório da UNESCO afirma que entre dois e três mil objectos desapareceram do Museu Nacional em Bagdade, enquanto a totalidade do conteudo da Biblioteca Nacional foi reduzido a uma pilha de cinzas e cerca de 1,500 pinturas e esculturas desapareceram do Museu de Belas Artes.

Por outro lado, as autoridades norte-americanas afirmam que “cerca de 25” peças estão por encontrar, algo que o sub-director da UNESCO para assuntos culturais, Mounir Bouchenaki, chama “uma distorção da verdade”, enquanto o saque dos recursos do Iraque constituem “um desastre cultural”.

Uma “distorção da verdade” ou mais uma mentira descarada? As forças do presidente George Bush conseguiram fazer um play-back das façanhas bárbaras de Genghis Khan, o Destruidor da Civilização. A história tirará as suas próprias conclusões sobre esta Presidência nos Estados Unidos da América.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X