A Rússia apresentou nesta quarta-feira a indicação do ex-primeiro-ministro checo Josef Tosovsky para o cargo de diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), segundo BBC.
Em uma nota, o Ministério das Finanças da Rússia diz que Tosovsky é a "pessoa certa no lugar certo e na hora certa" para ocupar o cargo.
"Por possuir sólida experiência prática na esfera da cooperação econômica internacional, sendo um reconhecido especialista em questões de estabilidade financeira, ele é o candidato perfeito", afirma o comunicado.
Com Tosovsky, agora são dois os candidatos ao cargo ocupado hoje pelo espanhol Rodrigo de Rato, que anunciou que está deixando a instituição em outubro. O outro, que conta com o apoio da União Européia, é o ex-ministro das Finanças francês Dominique Strauss-Kahn.
Tradicionalmente, o nome do diretor-gerente do FMI é indicado pela União Européia e o do Banco Mundial, pelos Estados Unidos uma regra que vem sendo contestada pela Rússia e outros países, incluindo o Brasil.
Por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, o ministro Guido Mantega disse que o Brasil considera importante a indicação do ex-primeiro-ministro checo e está interessado em conhecer as idéias dele para o Fundo.
Tosovsky foi chefe do Banco Central da República Checa em dois períodos, entre 1993 e 1997 e entre 1998 e 2000, e ocupou o cargo de primeiro-ministro de dezembro de 1997 a julho de 1998.
Atualmente, ele preside o Instituto de Estabilidade Financeira, um braço do BIS (Banco de Compensações Internacionais, que reúne os Bancos Centrais de todo o mundo).
O lançamento da candidatura de Tosovsky, porém, não foi visto com bons olhos pelo governo da própria República Checa, país-membro da União Européia, que já apoiava Strauss-Kahn, escreve BBC.
"Tosovsky não é o candidato da República Checa. Nós coordenamos nossa posição para a indicação do diretor-gerente do FMI com a União Européia", disse o primeiro-ministro checo Mirek Topolanek.
O FMI recebe até o dia 31 de agosto indicações para o cargo de Rodrigo de Rato, que decidiu deixar o cargo em outubro, cerca de dois anos antes do final de seu mandato, alegando motivos pessoais.
Depois de encerradas as indicações, o conselho executivo do FMI vai escolher seu substituto.
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