A presidência do Banco Mundial é sempre escolhida pelos norte-americanos, ao passo que a do Fundo Monetário Internacional a instituição "gémea" nascida igualmente dos acordos de Bretton Woods é assegurada pelos europeus.
Ontem (29) segundo esta velha tradição o presidente dos EUA propôs a candidatura de Robert Zoellick como substituto de Poul Wolfowitz, forçado a demitir-se na sequência da polémica decisão de aumentar e promover uma colega, sua namorada.
A escolha de Zoellick foi anunciada por fontes da Casa Branca, que deverá ainda hoje apresentar o nome à direcção do Banco Mundial, que por sua vez o deverá aceitar, segundo a Reuters.
Zoellick, que deixa um lugar executivo na casa de investimento Goldman Sachs para dirigir o Banco Mundial, foi o número dois da secretária norte-americana de Estado Condoleezza Rice entre 2005 e 2006, e o negociador dos EUA na chamada ronda de Doha.
Zoellick goza ainda de boa reputação nos meios internacionais devido aos contactos diplomáticos desenvolvidos com a China e países problemáticos como o Sudão.
O Banco Mundial, antigo Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, é uma instituição financeira participada por 184 países que promove o desenvolvimento económico em países pobres, através do financiamento de projectos específicos, como a construção de infraestruturas.
Outros objectivos do Banco Mundial passam pela promoção da saúde e da educação e a luta contra a corrupção.
A instituição é tida como uma importante ferramenta da política externa norte-americana e é frequentemente criticada pelas situações de dívida em que 'afunda' algumas das nações mais pobres do planeta.
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