Aulas recomeçam com homenagem aos mortos na Virginia Tech

Pouco antes do início das aulas, o grupo de estudantes carregando as bandeiras desfilou pelos jardins da universidade acompanhados de uma banda de clarins e percussão que tocava "America the Beautiful" para lembrar os 27 alunos, cinco professores e o atirador, Seung-Hui Cho.

Às 9h46, o sino da universidade deu 32 badaladas, e 32 balões brancos foram soltos, marcando o momento do ataque. Segundos depois, mil balões laranja e marrons foram soltos, pintando o céu com as cores oficiais da escola.

 

Milhares de estudantes, funcionários e professores reuniram-se para assistir à cerimônia. Alguns se abraçavam, outros choravam, outros ficaram em silêncio.

Quando a homenagem acabou, os alunos foram para as salas de aula, tentando retomar a normalidade depois de uma semana de luto e de enorme assédio da imprensa do mundo inteiro.

"Queria voltar a ficar aqui com meus amigos, porque eles entendem o que aconteceu, o que passamos", disse o estudante de engenharia John Meyer, 18, do primeiro ano, enquanto ia para uma aula de cálculo.

 

Meyer disse que tinha ido para casa, em Frankfort, Kentucky, para ficar uns dias com a família, mas nunca pensou em não voltar para a faculdade para as últimas semanas do ano escolar. "Este é o melhor lugar para se estar", disse ele.

 

Os moradores da cidade de Blacksburg e pessoas do mundo inteiro demonstraram seu apoio à comunidade universitária. Num memorial improvisado, bandeiras do Canadá, do Peru e de Israel faziam companhia às flores para lembrar os alunos e professores estrangeiros assassinados por Cho, um estudante de inglês de 23 anos que aparentemente tinha problemas mentais.

 

Religiosos estavam disponíveis para reconfortar aqueles que viveram a tragédia de perto. Senhoras de uma igreja local distribuíam pacotes de biscoitos caseiros aos estudantes. Elas explicaram que costumam distribuir os biscoitos no início do ano escolar, para dar as boas vindas aos alunos, mas decidiram repetir o gesto para demonstrar apoio.

 

A universidade determinou que a frequência às aulas é optativa para todos os alunos, e os cursos dados no prédio onde ocorreu o principal ataque foram transferidos de lugar. O Norris Hall continua fechado, mas o alojamento onde duas vítimas morreram já havia sido reaberto.

 

Ainda havia questionamentos sobre o porquê de Cho, que já tinha sido investigado por incomodar alunas e tinha um histórico de problemas mentais, ter conseguido comprar as duas armas que usou no massacre.

 

A administração do campus também era criticada pelo modo como reagiu ao primeiro ataque de Cho, no alojamento, duas horas antes do ataque principal.

 

Fonte Reuters Brasil

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