SE FOI AMOR é o primeiro single de XAVE, projecto encabeçado por Rodrigo Guedes de Carvalho e Isabelinha. FINALMENTE, o primeiro disco, é lançado no início do próximo mês de Abril.
SE FOI AMOR está disponível nas plataformas digitais Apple Music, iTunes, Spotify, Deezer, Tidal, Google Play, entre outras, a partir das 06h00 do dia 1 de Fevereiro.
SE FOI AMOR
Se foi amor
Cabia na palma da mão
Caía ao chão e não se via
Qualquer ventinho o levava
Não foi amor
Não foi desenho – Foi rascunho
Um mês de Junho a escaldar
Foi só carinho a dar, a dar
Foi so sorriso a corar
Não foi amor
Se foi amor
Foi pequenino e voou
Dele restou um grão na areia
Mas volta e meia vai e volta
E vai e volta
Foi só calor e um gelado
A despedida ao pé do carro
O pai que chama – eu tenho de ir
Não foi amor, não foi amor
Então que foi?
Letra e Música Rodrigo Guedes de Carvalho Arranjo Ruben Alves Arranjo de Cordas Tiago Derriça
Voz Isabelinha Piano Ruben Alves Violino Joana Alves Amorim Violino Miguel Faria Hourtiguet de Vasconcelos Viola Johann Velislav Hamrol Pereira Violoncelo Tiago de Sousa Derriça
VÍDEO
Realização Joana Linda Make-up e cabelos Rosário Correia Actores José Gomes e Maria Rodrigues Produção Força de Produção Distribuição Universal Music Portugal
Isto não é um disco. Isto sou eu a dobrar, finalmente, um cabo que me parecia intransponível. A iniciar uma viagem que adiei o tempo de quase toda uma vida.
Não tenho memórias nítidas da infância. Sei que fui imensamente feliz mas faltam-me lugares, datas, rostos e alguns cheiros. Mas lembro-me (ah, se me lembro…) do miúdo a virar o vinil no gira-discos. A ler as letras, arriscar cantar, a fingir que a raquete de ténis era uma guitarra. Em frente ao espelho, esse miúdo jurou que seria músico. Mas a vida, como a tantos de nós, trocou-me as voltas. Desviou-me. Levou-me por outras estradas. Guardei a música numa gaveta funda dentro de mim. E de repente (garanto-vos que é de repente) passaram quase 40 anos. Até que me sentei ao piano. Como e porquê, é história longa que irei contando por aí. Sentei-me e toquei. Fechei os olhos, inventei palavras para os acordes.
E comecei, finalmente, a pagar a promessa ao miúdo em frente ao espelho. Esta reinvenção de futuro que aqui vai só foi possível porque o Ruben Alves me deu a mão. Tornou-se as minhas mãos. As que não conseguem tocar o tanto que ouço na cabeça. Mas antes disso houve o princípio do vulcão adormecido. Isabelinha. A xave que avançou sem medo para a porta que parecia fechada. A voz que procurei sempre, sem mesmo saber que a buscava. A voz que me traduz. A xave que abriu o ferrolho do sonho. Finalmente.
Rodrigo Guedes de Carvalho
Por: Teresa Sequeira
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